Capítulo 18

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Tyler O’Connell

Becker e eu adotamos uma nova rotina.
Chegar em casa, pedir lanche e assistir filmes.

Acho que essa era a única hora do dia em que realmente não ficávamos trocando farpas o tempo todo, em que conseguíamos de fato conversar e interagir como se realmente fôssemos bons amigos.

Depois que começamos com isso, eu nem se quer saí com outras mulheres outra vez, apenas ficava ansioso para chegar em casa e encontrar a branquela sentada no sofá me esperando. Geralmente ela sempre chegava primeiro do que eu do trabalho, e tinha algo de divertido saber que ela estaria me esperando.

Já até me acostumei a vê-la com o pijama ridículo da Hello kity e agora meias também, que ela comprou porque estava na promoção. Passei horas rindo dela, até ela ficar brava e me insultar de várias formas possíveis.

Minha saúde com certeza estava escassa agora que eu comia lanche todos os dias com ela, provavelmente vamos virar dois sedentários. Mas ainda a obrigo – mesmo ela reclamando muito – a treinarmos juntos todo dia de manhã.

Treinar juntos, tomar café, trabalhar e voltar para casa.

Se meus amigos soubessem que essa era minha rotina de agora, provavelmente iriam me zoar por meses. No começo eu me senti relutante em deixar a gente se acostumar com isso, mas foi impossível, quando dei por mim eu já estava insistindo para assistirmos alguma coisa.

- Você vai ficar com outro olho roxo se não focar aqui – repreendeu Moser.

Balancei a cabeça e foquei no nosso treino, eu nem tinha percebido que estava desfocado.

- Onde você está com a cabeça, O’Connell? – ele me olhou e dei de ombros.

- Nada, só preocupado com umas coisas.

- Essa coisa por acaso tem cabelos pretos e olhos azuis? – ele sorriu ladino e chutei sua costela – É.. pelo visto é.

- Cala a boca.

- Eu não disse nada demais, se você está gostando de tê-la na sua casa não vejo problema nisso, ela é um bom partido, eu já teria levado ela para a cama.

Chutei ele de novo, e de novo, e de novo.

- Não fala mais dela assim.

- Oh – Pedro sorriu – Não posso acreditar no que estou vendo..

- O que você está vendo é que estamos nos tornando bons amigos, Moser.

- Claro, claro.. quase ia me esquecendo o quanto você é cuidadoso com suas amigas.

Semicerrei os olhos para ele – Você quer fazer o favor de calar a boca?

Ele fez um sinal de fechando o zíper na boca e saiu sorridente, babaca.

Desci do ringue e Jacob me chamou em um canto.

- Seja rápido.

- Cara, queria falar sobre algo com você..

Ele parecia meio envergonhado sobre o que iria me perguntar, arqueei as sobrancelhas para ele esperando que ele dissesse.

- Você sabe onde posso levar a Kananda para jantar? algum lugar onde ela possa gostar?

Senti meu estômago queimar e travei o maxilar olhando para o homem esperançoso na minha frente.

- Leva ela para comer sushi – disse batendo em seu ombro e ele sorriu animado.

- Obrigado, cara.

- Por nada..

Virei e caminhei até a minha sala, eu sabia que Kananda odiava sushi porque sugeri pedirmos uma noite e ela passou meia hora falando os porquês de odiar a comida.

Eu não entendia porque me sentia tão puto em ver que Jacob estava mesmo interessado nela a esse ponto, mas Kananda era livre, e de qualquer forma ela gostava de Cristhian mesmo.

Se ele quisesse saber os gostos dela, então ele que procurasse saber, eu não diria nada a ele.

Se eu estivesse sendo um canalha, tudo bem, sempre fui um canalha mesmo, não é como se agora isso fosse pesar na minha consciência.

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Boa leitura! ❤

Um péssimo acordo - Livro 4// SPIN-OFF da saga: Os cavalheirosOnde histórias criam vida. Descubra agora