Capítulo por Beatryz. BARRA DA TIJUCA — RJ. UNS DIAS DEPOIS...
— Chegamos! — escuto as meninas e saio do quarto indo pra sala.
— Oi, demoraram. — pego um pedaço de melão, cortei e voltei pro quarto com elas vindo atrás de mim.
— Como você tá? — Anna pergunta se jogando na cama.
— Tô muito puta, o Lennon não dá um sinal de vida.
— De novo? — a Day pergunta e eu assenti.
— Eu sei que ele tá assustado com tudo isso, mas eu preciso dele. — falo largando o pote e pegando meu celular pra ligar pra ele de novo.
— Amiga? — a ligação cai na caixa postal e eu desligo largando o celular. — Cê não acha que essa dependência sua no Lennon, ainda vai te fazer mal?
— Que dependência Dayane? Eu só tô revoltada com ele, porque ele simplesmente vem abstraindo o fato de eu estar grávida, esperando um filho dele.
— Será que é só isso? — ela pergunta séria. — Poxa, olha só o seu estado. — foco minha atenção nela. — Amiga, pensa no neném esse estresse todo não faz bem.
— By, isso de você precisar dele pra ajudar em decisões, precisar desse excesso de atenção... são uns dos sintomas de dependência emocional. — a Anna fala calma.
— Ah gente, de novo isso? — me ajeito na cama. — Cara, se põe no meu lugar.
— Ok, a gente entende isso tudo. Mas a gente sabe que esse seu comportamento não é só por conta do que cê tá falando. — a Day fala.
— Não quero mais falar sobre isso, isso é a única coisa que não concordamos e além de tudo sempre acaba em briga.
— Pensa que você e seu neném tem que vir em primeiro lugar antes de tudo e todos.
Levanto e saio do quarto indo pra sala, e não demorou pra elas sentarem do meu lado no sofá me abraçando.
— A gente só quer teu bem, ami. — Anna fala fazendo um carinho no meu cabelo.
— A gente se preocupa com vocês. — a Day faz um carinho na minha barriga.
— Eu amo vocês. — me aconchego no abraço das duas.
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Capítulo por Lennon. BARRA DA TIJUCA — RJ.
Cheguei da Papatunes com o Léo, e me joguei no sofá, minha mente não conhece mais um momento de paz.
— Não vai ir vê a Bya? — Léo pergunta parando do meu lado.
A Bya tinha ligado algumas vezes, mas eu preferi não atender. Sabia que se eu atendesse ia acabar em briga.
— Eu fui lá ontem.
— Eu sei pô, eu fui contigo. — ele dá uma risada rápida, eu passei na Bya e ele ficou esperando no estacionamento. — E tu não levou nem trinta minutos lá.
— Minha mente tá tumultuada, Léo.
— Mais teu filho e a Bya, não tem culpa.
— Eu sei, Léo. Mas não é fácil de agir igual tu pensa.
— Pra Bya, com certeza é bem pior. Pensa aí em como ela deve tá se sentindo, a mina tá grávida e tu simplesmente fingi que não tem nada acontecendo, tu tá abstraindo o fato da mina tá esperando um filho teu.
— Pra mim também tá foda Léo. Tu acha que eu gosto de agir desse jeito? — ele respira fundo e desvia o olhar. — Eu odeio fazer isso, mas eu não consigo agir diferente, pelo menos não no momento. — levo a mão no rosto e me afundo no sofá. — Tô ligado, cê deve pensar que isso de ser pai, sempre foi meu sonho, mas porra, eu não tava esperando. Foi um susto.
— Eu tô ligado.
— Léo, nem ela e nem eu planejamos isso. — respirei fundo pra não desesperar. — Eu tô assustado pra caralho, Léo.
— Eu tô ligado, mas a Bya também tá, não é justo tu soltar a mão dela assim, cara.
— Eu não soltei a mão dela, eu só preciso de um tempo, eu queria muito não tá vacilando desse jeito, mas eu tô assustadão com isso tudo, eu não tô preparado pra isso.
— Se ligou que tu só fala de você? — ele pergunta levantando do sofá. — Para e pensa um pouco na Bya, pensa no estresse que ela deve tá passando, e pensa no mal que isso pode trazer pro teu filho. — desviei o olhar pra sacada. — Teu mal tá sendo esse aí, tu travou tua mente em torno só do teu desespero com essa notícia.
Ele saiu e me deixou ali na sala sozinho, levantei e fui pra sacada, o pôr do sol tava uma parada muito linda, papo de tu parar pra olhar e automaticamente pensar em tudo, mas eu pensei logo nela. A Bya se amarra nessas parada.
FLASHBACK. — Cê tá arrependido?
Ouvi a voz da Bya me tirando dos meus desvaneios. Olhei pra ela e vi os olhos molhados, e o rosto vermelho, pelo choro.
— Não Bya, é uma vida. Óbvio que não, eu só tô nervoso. Eu não esperava isso agora, mas a gente vai encarar isso junto. — sorri pra ela que voltou a me abraçar. FLASHBACK.
— Porra Lennon... — falo comigo mesmo passando a mão no rosto.
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