capítulo 19

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Capítulo por Beatryz.
BARRA DA TIJUCA — RJ.

O Lennon tinha ido em casa tomar um banho, mas deixou claro que logo estaria aqui de volta.

Minha sogra ficou aqui comigo enquanto ele não voltava. Antes dele ir, eu já estava sentindo meu corpo estranho, uma moleza no corpo, um frio chato e eu já me liguei que eu estava com febre.

— Tia, acho que eu tô com febre. — falo com a Silvana que tira a atenção do celular.

— Sério? — ela vem até mim, e encosta em mim. — Você tá quente mesmo, espera aí que eu vou chamar a enfermeira.

Ela sai do quarto e segundos depois volta com a enfermeira. Ela pegou o termômetro e mediu minha temperatura, não demorou e o termômetro apitou.

— 38.8. — fala olhando pro termômetro. — Vou chamar a doutora Gabriela.

Ela saiu do quarto e eu me encostei nos travesseiros, levando a mão no rosto tentando manter a calma.

— Parece que tá tudo dando errado. — falo baixinho.

— Oi, como estamos? — a doutora pergunta e eu olho pra ela.

— Eu diria nada bem.

— Olha Beatryz, a Letícia não está de plantão hoje como você já sabe. Você está no final da gravidez, sua febre tá muito alto e eu não gosto dessa idéia de deixar você com a febre tão alta assim na retinha final. — assenti. — Você vai subir e eu vou fazer a sua cesariana.

Meu corpo gelou na hora, e por um segundo eu me desliguei do mundo.

— Que? — perguntei quase sem voz.

— A enfermeira vai vim aqui, sua sogra também pode te ajudar, você tira essa roupa, ela vai te dá o roupão e vai te dá as instruções. Ok?

— Aham, ok. — concordei meio aérea ainda. — Será que da tempo de ligar pra avisar?

— Claro, pode ligar. Daqui uns dez minutos a enfermeira vem aqui.

Ela saiu do quarto e eu continuei aérea, perdida com todas aquelas informações.

— Filha...

— Tia, e agora?

— Calma meu amor, vai dá tudo certo. — assenti respirando fundo e tentando manter a calma. — Eu vou avisar ao Lennon e ao pessoal, tá bom?

— Tá bom tia, obrigada.

Passou os dez minutos e a tia Silvana já tinha avisado todo mundo, o Lennon já estava vindo e eu tentava me tranquilizar pra nada dar errado por conta do nervosismo. Logo entraram duas enfermeiras no quarto, aí elas me ajudaram a vestir a roupa e a deitar na maca, e ir pra sala. A tia Silvana disse que avisaria ao Lennon pra assim que chegasse ir pra sala, e a enfermeira disse que iria esperar alguns minutos para ele chegar e ajudar ele com a roupa que ele teria que colocar pra assistir ao parto.

Quando cheguei ali na sala do parto sozinha, sem ninguém da minha família comigo, um certo medo bateu. Mas a enfermeira começou a conversar comigo, a perguntar meu nome, minha idade e a conversa me distraiu tanto que eu nem percebi que na sala já não estava mais só as duas enfermeiras e eu.

— Boa noite, eu sou o Doutor Philipe, sou o anestesista.

— Oi, boa noite.

Ele me passou as instruções, pediu pra eu sentar na maca, as duas enfermeiras ficaram em segurando pra eu não me mexer, ele falou que a anestesia iria doer e que eu nem poderia me mexer. Mas eu nem senti nada, acho que o nervoso e o medo estava tão grande que nem a dor eu senti.

A Baby | L7NNON.Onde histórias criam vida. Descubra agora