Capítulo por Beatryz.
BARRA DA TIJUCA — RJ.
DOIS MESES DE GESTAÇÃO.— Oi, cheguei. — Lennon fala adentrando o apto.
Depois de quase uma semana só nos falando por mensagem, ele ligou avisando que estava vindo aqui.
— Oi, tudo bem? — ele assentiu e selou minha boca.
— E você, tudo bem?
— Estamos bem. — falei incluindo o neném e ele sorriu fraco, e se jogou no sofá. — Até quando a gente vai ficar nisso? Fingindo que não tem vamos ter um bebê?
— Eu não tô fingindo, eu só...
— Só tá nervoso? Assustado? — ele desvia o olhar e foca em brincar com os próprios dedos. — Lennon, o diálogo é a base de tudo, né? — ele assentiu ainda sem me olhar. — Cê pode falar o que tu tá sentindo aí, ou sei lá...
Ele continuou quieto, e eu respirei fundo esperando pra ver se ele iria falar algo.
— Você não quer falar. Posso falar então? — ele assentiu. — Eu também estou com medo, tô assustada e não ter você comigo piora tudo. Eu imagino o baque que foi pra você, imagino que tá difícil porque pra mim também está e tá pior ainda porque eu não tenho você comigo, desculpa se isso te pressiona de alguma forma. — ele balança a cabeça negando. — Desculpa precisar tanto de você, comigo.
— Não tem que pedir desculpas de nada By, eu que... — ele respira fundo e me olha. — Eu vou mudar isso, tá? — assenti e ele fez um carinho no meu rosto.
— Confio em você. — ele sorriu. — Eu só quero que você seja presente, pra gente. Eu sei que você não tem obrigação comigo, mas eu preciso de você.
Ele me puxou pelo braço me envolvendo em um abraço, e eu me ajeitei relaxando a cabeça no peito dele, ele continuou em silêncio enquanto fazia um carinho no meu cabelo.
— Desculpa por isso. — ele falou baixo.
— Você parece que tá evitando a gente. — falo no mesmo tom que o dele. — Não faz isso. — ele continuou quieto. — Eu ainda não marquei a consulta, eu já entrei no segundo mês... eu vou esperar você me falar o dia que vai está livre, pra gente poder ir juntos. Tá bom?
— Tá bom. — respondeu baixinho.
Ele ficou mais um pouco ali, mas logo foi embora alegando que tinha que ir no Papato pra terminar de gravar uma música. Nem arrumei conversa com isso, desde quando contei da gravidez, eu tenho sentido ele distante, e isso me incomodava muito, me machucava.
Depois que ele foi, eu liguei pras meninas, e como as duas estavam na rua em menos de vinte minutos elas chegaram aqui.
— Não queria ficar sozinha. — falo assim que as meninas chegaram.
— Aí a gente serve? — a Anna fala brincando.
— Só chamou a gente, porque o magrelo foi embora. — a Day fala rindo.
— Nada haver, para tá. — falo abraçando ela.
Nos ajeitamos ali na sala mesmo, e elas tinham trago várias besteiras pra comer, e não demorou pra fofocar começar a rolar solta.
— Eu não acredito que ele vai casar. — a Day fala rindo. — Meu Deus, Anna. Como tu soube?
— Eu esbarrei com eles no mercado.
— Tá bom né? Pelo menos a gente pegou. — falo com a Day e ela gargalha assentindo.
— Credo, mentira que vocês duas pegaram ele.
— Quem divide, multiplica. — a Day e eu falamos juntas fazendo a Anna rir.
— A By só não quis abrir o caminho pra mim, com o Lennin. — a Day fala. — Mas também, mas eu também só vejo ele como amigo.
— Não abri caminho pro Lennon, mas abri caminho pro Martins. — falo e ela concorda. — E de brinde te arrumei o Léo. — falo com a Anna e ela ri alto.
— Ai gente, vocês são muito bobas. — Anna fala e o celular dela toca.
Ela mostrou e era o Léo ligando de vídeo.
— Oi gatinha. — fala assim que ela atende.
— Oi amor, tá onde? — ela pergunta confusa.
— Sai da academia agora. E tu? — ela viru o telefone mostrando a Day e eu.
— Oi Leopoldo. — falo e ele ri.
— Fala maluca, como tá você e meu sobrinho?
— Estamos bem. — sorri.
— E você Day?
— Bem também Léozin.
— Noite das meninas? — a gente assentiu.
— Nossa gravidinha não quer ficar sozinha. — Anna falou e eu fiz graça. — Aí vinhemos ficar com ela.
— O Lennon disse que tava aí. — Léo fala entrando no carro.
— Mas ele já foi. — conto.
— Seu amigo tá sendo um vacilão, isso sim. — a Day fala e ele assente.
— Tô ligado.
📍oi vidinhas!!!!
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