Capítulo XIX

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Bem, meu bloqueio criativo tá foda, massss, aqui está um capítulo soft pra não ficarem sem.

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Após um sábado cansativo, nós finalmente voltamos para casa.

Os gatos reclamando da falta de comida no pote de ração.

Após alimenta-los, eles seriam mandados para o pet shop, é então nosso dia se encerraria.

Pedimos um carro para eles pois já estávamos só o pó.

O cansaço da semana inteira se instalou sobre nós.

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Quando os gatinhos voltaram já limpos e, no caso do persa, tosados, simplesmente fomos dormir.

Dormir às 18:30 é a garantia de uma noite sem sono, mas tanto faz.

Logo quando acordei, vi um 23:09 gravado na tela do despertador e tive a confirmação de que passaria a madrugada em claro.

Levantei e fui pegar algo para mim e Erwin comermos, voltando para o quarto quando o outro estava saindo do banheiro.

Comemos tranquilamente, discutindo sobre qual série iriamos ver.

Quando um casal passa a noite acordado, não é sempre porque eles fizeram algo sexual.

Para mim, só a companhia de Erwin vale o dia seguinte, um abraço pode ser muito mais prazeroso do que uma foda de horas.

Então nós fizemos pipoca, pegamos refrigerante - nossa cota do mês indo embora -, e assistimos alguns episódios de Lúcifer até o sono voltar.

A risada de um sempre contagiava a do outro com as brincadeiras da série, simplesmente por ver a pessoa que ama feliz.

Para mim, isso é amor.

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Novamente domingo, o dia que nós temos para fazer absolutamente nada.

Para mim, domingo é dia disso, ficar deitado com preguiça o dia inteiro, mas para Erwin não.

Ele vai ao mercado, trabalha, cozinha, limpava a casa - agora a tarefa é minha -, vai em algum lugar diferente, come fora, e mais algumas coisas como essas.

Então acabei me adequando a isso com o tempo, mas hoje é o meu domingo! Hoje vai ser do meu jeito.

O segurei na cama quando ameaçou se levantar cedo.

- Não, hoje você vai viver um domingo normal. Volte dormir. - Falei seco, consumido pelo sono.

Ele bocejou me olhando confuso.

- Oxe, por quê? Só vou à padaria. -Rebateu.

- Não, você vai voltar a dormir.

- Bom, pelo menos posso ir aí banheiro? - Perguntou rindo um pouco.

- Hm. - O soltei, ouvindo seus passos chegarem ao local, o som das coisas coisas que fez lá e ele voltando.

Quando se deitou, me esparramei em cima do mesmo, o abraçando e voltando a dormir.

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Meio dia, agora sim. Sorri satisfeito para o relógio e me aconcheguei em Erwin novamente.

Ele desperta, afagando meus cabelos e me desejando um bom dia com a voz grave.

Demoramos um tempo ali até que meu corpo me obrigou a ir no banheiro. Aproveitei para fazer o que sempre faço e quando voltei, Erwin já havia se levantado.

Fui até a sala dois ambientes e vi o mesmo preparando um café simples.

- Você já levantou... - O abracei por trás, falando manhoso.

- Vim fazer o café do meu pequeno.

- Hm, quem é o sortudo? - Ironizei.

- Ah... Ele é muito bonito, é bem bravo e com certeza é a melhor coisa que já me aconteceu. - Falou sorrindo bobo.

Sorri encostando deitando a testa nas costas dele, respirando fundo antes de voltar e sentar no sofá branco da sala.

- Levi, você acha que tem espaço para um piano nessa sala? - Perguntou sem me olhar.

- Olha, acho que não, ficaria muito apertado para os móveis que tem aqui. - Observei ao redor. - Foi tudo muito planejado para o espaço. Por quê?

- Estou pensando em começar a tocar e... Acho que tenho lembranças demais nesse apartamento. - Pareceu melancólico. - Talvez eu me mude.

- Se você acha que é o melhor... - Me levantei e fui até o mesmo, abracei forte seu peito. - Eu vou te apoiar, Erwin.

Passei segurança naquilo que disse, não havia parado para pensar sobre como estar aqui era para ele.

Ela sabe que ele mora aqui? Será que ele tem medo que ela saiba?

Eu não sei, mas tenho certeza de que foi para esse teto que ele olhou todas as noites em que seu sono foi roubado pelo medo ou pela dor.

Pelo abandono de pessoas que ele amava, foi naquela cama que ele chorou.

Senti meu peito apertar com os pensamentos, mas quando o olhei me senti mais tranquilo.

Eu estou aqui e não vou ser mais um a ir embora.

- Levi...

– Oi...

Afastei meu olhar com medo de ver mais melancolia em duas íris azuis, até que ele continuou.

– O omelete... Está queimando.

Finalmente me atentei ao cheiro que cobria todo o cômodo.

O soltei para vê-lo rir um pouco, fechando os olhos enquanto o som grave saía.

– Você... Vai voltar para sua casa depois da reforma? — Perguntou focado no que fazia.

Essa era a pergunta que estávamos evitando, eu não quero voltar mas não quero ser um estorvo para ele.

– Não sei... — Joguei verde.

– Bem... Nós podemos continuar juntos, caso não se importe.

Isso é sentir? - EruriOnde histórias criam vida. Descubra agora