Capítulo II

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1006 palavras



Aceitei e marcamos o encontro para sábado.

Iríamos a um restaurante, Erwin comentou sobre seu apreço pela gastronomia e restaurantes caros em geral, por isso decidimos ir a um que lhe foi indicado por amigos.

E cá estou eu, nervoso para escolher a merda de uma roupa.

- Tudo preto não passaria uma má impressão? - Conversava nervoso com Hanji por uma chamada de vídeo.

- Óbvio que não. Mas vem cá, onde está aquele seu terno? O All Black.

- Puta que pariu! - Disse pegando a peça. - Perfeito.

- Sou. - Brincou. - Mas queria saber algo, se All Black é um look inteiramente preto, se eu estiver com toda a roupa preta menos a cueca, não vou poder considerar All Black?

- Eu acho que... Na verdade é uma boa pergunta?

Apesar de sempre xingar Hanji, posso compartilhar das maluquices dele de vez em quando, consequências de sermos amigos desde o ensino médio.

- Ei, Levi! - Chamou. - Lembre-se de limpar lá embaixo, hein?

- Cala boca, quatro olhos! Credo, como diz uma merda dessas sem nem ter vergonha? -

- Estou só lembrando meu caro amigo de algo importante, qual o problema?

- Todos! É o nosso primeiro encontro e eu não planejo nada disso.

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No final, estou com o terno indicado, perfume amadeirado - como sempre -, sapatos sociais e, de quebra, um brinco em uma orelha só... Ainda me lembro do dia em que furei:

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         18 anos atrás
Levi Ackerman, 14 anos.

- Ah!! Não faz isso não! - Disse Isabel horrorizada.

- Qual o grande problema? - Perguntou Farlan. - Se necrosar é só arrancar a orelha.

Olhei para o loiro e repensei sobre meus atos.

- Porra, Farlan! - Gritamos em unissom.

- É brincadeira, pô! Fura logo.

E lá fui eu, furar a orelha com uma agulha de costura pouco mais grossa de minha mãe e, felizmente, já sabia da importância da esterelização, nada de ruim aconteceu.

Além de Isabel caindo dura e eu perdendo a coragem de furar o outro lado por conta da dor e preocupação.

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Sorri para a lembrança e me dei pela falta da minha família... Quem sabe não mando uma mensagem, mas agora irei focar no encontro!

Fui até o restaurante e encontrei o loiro me esperando na entrada.

- Oi! - Disse nervoso, merda, mas acho que não deixei transparecer.

- Oh, oi, Levi! - Respondeu sorrindo, e que sorriso... - Vamos entrar?

- Ah, claro! - Percebi que havia me distraido um pouco, que estranho.

Entramos e estava tudo bem com a reserva, além disso, o lugar era muito limpo, bonito e certamente romântico.

Nossos pratos chegaram e a comida era ótima, nunca fui de comer muito, então a quantidade não me incomodaria de qualquer forma.

Isso é sentir? - EruriOnde histórias criam vida. Descubra agora