Capítulo 17 - Quem é você?

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Abro meus olhos lentamente com muita dificuldade, a minha visão se encontrava turva, e minha cabeça latejava em uma terrível enxaqueca. Olho ao redor e noto que me encontrava em uma espécie de calabouço. Lentamente vou recuperando a visão, e finalmente percebo que meus braços se encontravam esticando para cima presos a Grilhões. Entro em desespero a notar a situação em que me encontro, e começo movimentar as correntes desesperadamente, rompendo o silêncio com som que elas emitiam.

— É inútil tentar romper essas correntes - Uma voz feminina penetra meus ouvindo, e tendo, virar minha cabeça para trás com dificuldade na direção a voz - com seus poderes neutralizado com toxinas da flor da Lobélia, agindo em sua corrente sanguínea. - Por conta desses grilhões presos em meu pulso, era difícil identifica a dona da voz.

Angel: Quem é você? - Minha voz sai baixa, por conta da dor que sinto em minha cabeça, parecei que iria explodir - E o que quer dizer com flor da lobélia...— Escuto som das (suas) corrente se mover atrás de mim, e logo a dona da voz feminina para a minha frente, a luz do luar que entrava pela janela atrás de mim, reflete contra seu rosto, que se escondia atrás dos seus longos cabelos castanhos, que se encontravam sujos e desgranhados, me impossibilitando de identificar sua face, seus tornozelos estavam presos por grilhões. Indicando que assim como eu, ela também era uma prisioneira.

— Me chamo Cordélia, minha criança. — Observo a mulher lentamente retirar seus cabelos da sua face, meus olhos se arregalam, a notar que ela é uma versão minha mais velha, por assim dizer, a cor dos seus olhos e os traços da sua face tudo se assemelhava a mim. No lado esquerdo do seu rosto havia uma cicatriz, que pegava desde têmpora até seu queixo, é como se ela fosse feita por uma besta selvagem de garras afiadas.

Angel: Por que você se parece tanto comigo? — Ela esboça fino sorriso mórbido.

Cordélia: Você se tornou tão bela, minha criança. — constatou, levando seus dedos magros e gelados contra minha face e trilhou um carinho contra minha bochecha, tento me afastar do seu toque, assutada.

Angel: Quem é você? — Questiono a encarando perplexamente.

Cordélia: Acredito, que você já sabe a resposta, minha criança — Respondeu em semblante triste, a ver que me afastava dos seus toques.

Angel:Não. Eu não sei. — constatei tom ríspido — Quero ouvir da sua boca. — Ela solta longo suspiro, e fastou seus dedos da minha face.

Cordélia: Eu espere tanto por esse momento, mas nunca imagine que seria nessa circunstância. Filha.-Ela não tem direito de me chamar de filha, após ter me abandonado! Que tipo de mãe abandonar o próprio, filho? — Sei que você deve estar cheia de perguntas, mas não temos muito tempo.

Angel: O que você quer dizer com isso? — questionei alarmada.

Cordélia: Quero que saiba, que te entreguei, aquele casal para a manter salva. — Escuto atentamente suas palavras—Nunca sacrificaria você, em ritual ao mando de Júpiter, a anos tentei fugir dessa bruxa, eu queria muito ter acompanhado seus primeiros passos, a sua primeira palavra. Me perdoa, filha..— observo o rosto entristecido da senhora, a minha frente.

Angel: Esse tempo todo eu acreditava, que você havia me rejeitando. Bom....era isso que acreditava, mesmo quando meus pais adotivos diziam, que você deveria ter bom um motivo, que a levou a isso.— Minha voz sai embargada pelo nó, que havia se formando em minha garganta, e logo sinto seu polegar secando minhas lagrimas.

Cordélia:Angel, escuta! — levanto meu olhar marejado aos delas - Júpiter, precisa do seu corpo com receptáculo para alma dela. Já que seu corpo está envelhecendo e lentamente se deteriorando, por conta do excesso de magia, que ela usou do livro dos condenados.

Meu lobo AlphaOnde histórias criam vida. Descubra agora