Austin Williams | Trilogia seu idiota possessivo |

capitulo 37 - amnésia.

Elle Brown

Olhava o corpo desacordado na minha frente sem ainda acreditar.

O desespero foi a única coisa que se apoderou do meu corpo nesses dias.
Amanhã vai fazer 10 dias que o Austin está de coma e eu simplesmente não sei mais o que é viver.

Tenho me alimentado direito graças a Alice, estou na casa dela porquê não sei como seria se eu ficasse sozinha.

No início eu não queria, mas ela insistiu e eu não queria ficar sozinha em um momento como esse, então eu aceitei.

Ninguém sabe que estou grávida, queria que a primeira pessoa que soubesse fosse o Austin, e sei que vai ser assim.

Queria tanto poder ve-lo seu sorriso ao descobrir que vai ser pai. Queria poder ve-lo de novo. O medo toma conta de meu corpo, o medo de não poder ve-lo novamente. 

A ansiedade de poder ve-lo acordar. Não conseguia lidar com tudo isso. Eu precisava do Austin novamente, precisava dele acordado.

Passa horas no hospital com ele. Conversava com ele e colocava sua mão em minha barriga.
Na verdade, é isso que eu estava fazendo agora. O olhando e colocando sua mão em minha barriga, em busca de  qualquer esperança.

E é disso que meu peito se enche quando sua mão mexe. Sinto ele fazer um carinho devagar em minha barriga e sinto meus olhos se encherem de lágrimas.

_ A-Austin? V-v-você acordou? - pergunto sem acreditar.

Seus olhos se abrem com dificuldade e logo depois se fecham novamente. Ele resmunga de dor e eu rapidamente abaixo um pouco a luz do quarto, pra ele ir se acostumar com a intensidade da luz.

- á-água. - ele pede e eu logo pego um copo e despejo água no mesmo.

Eu mesma coloco o copo em sua boca e derramo um pouco do líquido em sua boca. Ele pede mais e assim eu faço, lhe dou mais água até ele estar satisfeito.

- onde... onde eu tô, deusa? - ele pergunta sem entender nada. - eu tô num hospital? O que eu tô fazendo aqui? O que aconteceu comigo? - ele pergunta e eu franzo o senho.

_ Você não se lembra? - pergunto e o mesmo me olha confuso. - qual é a última coisa que você se lembra? - pergunto ao mesmo.

- a última coisa que me lembro... - ele diz parecendo pensar. - ... ah, foi que você me falou que iria me visitar na empresa, aí eu ia te pedir em casamento e... - ele fecha os olhos. - burro, burro. Eu estraguei a surpresa.  - ele fala com um rosto triste. - por que eu tô aqui? - ele pergunta novamente. - já sei, você disse que não queria casar comigo aí eu quase morri do coração. - ele diz rindo.

_ eu... eu vou chamar o médico. - digo e ele começa a fazer manha.

- não, deusa. Depois você chama o médico, fica aqui comigo, eu quero carinho. - ele diz.

_ depois, ok? - digo e ele faz um rosto bravo.

- eu não suporto mais essa falta de atenção, um dia eu ainda vou me jogar de um prédio. - ele fala e eu o olho esperando que ele tenha se lembrado.  - o que foi? Ficou com peso na consciência por tratar um neném mal? - ele pergunta e eu saio da sala.

Logo depois, eu entro com um médico que o examina e me chama no canto pra me dar um diagnóstico.

- ele está com amnésia, isso é normal depois da batida forte que ele deu com a cabeça. - ele diz.

_ Mas doutor, ele não se lembra de muitas coisas. - lhe falo.

- O que ele esqueceu provavelmente foi um trauma que o seu cérebro preferiu esquecer para não ter que sofrer mais.
Essa amnésia pode ser perpétua ou temporária. - ele diz e eu assinto e vou atrás do Austin.

- seu peito tá enorme, deusa. Parece que tem mais lelé, deixa eu tomar um pouquinho.  - ele diz e eu fico sem saber o que lhe responder e logo minha mente projeta uma desculpa.

_ o médico disse que você não pode ser amamentado nesse tempo que está internado. - digo tudo rápido e ele me olha chocado.

- como ele pode proferir essas palavras? - ele diz chocado. - eu não vou ficar sem meu lelé, nunca, ouviu? Nunquinha na vida. Eu me declaro curado. Não preciso mais ficar internado. - ele diz e tenta se levantar.

Vou correndo até o mesmo e o seguro.

_ Você tá doido? Quer morrer? você vai ficar bem aí parado! - ordeno e ele bufa irritado.

- eu vou morrer se eu ficar sem meu lelé. Esse médico não tem esse direito, não vou ficar sem lelé! - ele diz de cara fechada e cruza os braços.

Espero que gostem.

Que tal uma estrelinha?