7 | Nunca mais

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Catarina Narrando

📍Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
🗓 Segunda-feira, 14 de Fevereiro, 2022.

Abri os olhos com um pouco de dificuldade e gemi sentindo minha cabeça doer assim como o resto do meu corpo.

Passei os olhos pelo ambiente reparando que não estava na minha casa e me levantei apressada tropeçando no meu próprio pé.

— buceta — resmunguei.

Olhei ao redor vendo uns quadros com fotos do Lennon e respirei fundo tomando coragem pra olhar meu corpo que estava coberto por uma camisa dele.

Se eu transei com esse garoto, eu juro que me mato.

— LENNON FRASSETTI — gritei enquanto saia do quarto e me perdi pelo corredor.

— já acordou atacada, Ninoca? — ele apareceu no final do corredor vestindo apenas uma bermuda e descalço.

— não me fala que a gente...

— a gente? — levantou a sobrancelha.

— não se faz, Lennon

— ué, tô não terminou a frase — riu nasalado e saiu andando e fui atrás dele.

— a gente transou? — tomei coragem pra perguntar e ele riu.

— teu sonho né, gata? — me olhou e dei uma risada.

— pesadelo né, moleque. Se enxerga

— não foi isso que pareceu quando tu se jogou pra mim dentro do carro ontem

Me jogar pra ele... dentro do carro?

Qual é papai do céu, precisava me humilhar a esse ponto?

— só tando muito bêbada mesmo pra te dar alguma condição

— tu nunca ouviu o ditado: "a bebida entra e a verdade sai"?

— sabe quando essa boca aqui — toquei meus lábios com o indicador — vai encostar na sua? — ele franziu a testa — nunca

— beleza — passou a língua nos lábios — fica tranquila que não rolou nada, eu não faria nada contigo bêbada — suspirou — eu te trouxe pra cá, troquei sua roupa e deixei tu dormindo no meu quarto

— brigada — murmurei meia envergonhada.

— tem café — avisou apontando pra mesa de café da manhã.

— você que fez?

— fui eu — o Léo falou saindo da varanda — esse aí não sabe fritar nem um ovo

— ah coe, Léozinho — riu.

— certamente ele não sabe — murmurei enquanto me sentava na mesa que estava repleta de coisas.

— e aí, Ninoca — o Léo deixou um beijo na minha cabeça.

— e aí, Dj — sorri — mandou muito ontem

— curtiu?

— muito — olhei o Lennon que nos encarava — já de outros não posso dizer o mesmo

— aposto cinquentinha que vocês ainda vão namorar de verdade — o Dj apostou.

— e eu aposto cinquentinha que se você não sair da minha frente agora eu vou cortar seu pau com essa faca — levantei a faca de passar manteiga e ele riu.

Amor com data marcada - L7nnonOnde histórias criam vida. Descubra agora