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Rayssa era morena, com olhos tão escuros quanto o mar de noite, não parecia ter fim na escuridão, era incrível! Quando as aulas acabaram, ela me mostrou onde comer, pude reparar que tinha um corpo magro, mas com seios bem avantajados.

Ela se mexia com delicadeza, tudo nela parecia muito nobre, pelo menos isso era o que eu via. Depois de comermos, me despedi e fui ao estacionamento que ficava na lateral do prédio, onde encontraria com Anna para irmos ao trabalho. Sim, ela também estudava aqui, uma ótima coincidência. E falando nisso, Dimitri também estava terminando a faculdade aqui, ia se formar em advogacia.

O estacionamento estava cheio de carros, porém não tinha ninguém lá, decide que esperar bem no início era uma boa ideia. Parecia um pressentimento. E eu não estava errada.

O desespero veio ao sentir uma mão se fechando na minha boca, enquanto a outra segurava meus braços firme ao corpo da pessoa. Percebi que estava com um pano na minha boca, meu primeiro pensamento foi de não respirar e o fiz! Parei de espernear, fingindo desmaio até sentir o homem afrouxar o aperto, com a perna direita chutei seu saco, dei uma cotovelada o mais forte que consegui na costela dele, quando finalmente fui solta, girei o cotovelo no seu rosto.

-Ah, por favor, né?

Prendi a respiração e tentei virar na direção da voz, mas era tarde demais. Cai no chão frio, a pessoa tinha batido na minha cabeça com algo duro e a minha visão estava ficando turva, porém consegui ver os sapatos sociais pretos. Eu reconheceria o dono em qualquer lugar.

-Você não desiste, não é?

Ele bateu mais uma vez em mim, fazendo com que eu apagasse dessa vez.

Acordei urrando de dor, merda. Comprimi os lábios, enquanto tentava focar nas sombras a minha frente.

Nikolai segurava uma toalha molhada, que merda viu. O pobre não tem um minuto de paz mesmo, sorri ao lembrar do meme, nunca fez tanto sentindo.

O meu irmão estreitou os olhos e se aproximou. Estávamos em um quarto que tinha uma luz bem fraca, era limpo e bem simples. Tinha uma cama encostada na parede, um armário de madeira em frente e janelas abertas sobre a cama.

Eu estava deitada no chão, com as mãos amarradas na frente e Nikolai agora caminhava atrás de mim, arrastando a toalha no meu corpo. Maldito, ele adorava fazer essas coisas comigo.

Minha respiração havia voltado ao normal quando senti a dor nas costelas. Ele tinha me acertado com a toalha, eu sabia bem que a vontade dele não era essa. Costumava gostar mais de chutes e cortes.

Ele não esperou muito, acertou mais uma vez no mesmo local. Não satisfeito, acertou minhas costas. Minha respiração estava muito acelerada e eu só trincava os dentes para que não saísse sons altos, nunca que iria gritar!

Ele estava rindo quando parou na minha frente.

-Oi, bastardinha. Você sabia que papai vai casar novamente? Aquele velho decadente...- ele suspirou e olhou para o lado.- Enfim, não é sobre isso que venho falar. Sabe, os Beliane estão vindo a Rússia e eu fiquei sabendo de algo muito, muito interessante... Você ainda é virgem!

Ele se levantou e mais uma vez bateu com a toalha nas minhas costelas, dessa forma pegava também nas costas. Mas isso não me aterrorizava mais que o fato dele saber sobre minha virgindade. Isso era moeda de troca pra eles. Uma queimação começou a subir pelo meu estômago, a inquietação fazia com que minha garganta se fechasse.

Mas é claro que ele não deixaria tempo pra eu pensar. Suas mãos se infiltraram nos meus cabelos da nuca para me erguer. Sentada, ele se abaixou até ficar com o rosto na mesma altura que o meu.

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⏰ Última atualização: Nov 19, 2022 ⏰

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