Bon Appétit Novel (PT BR)

Capítulo 30

— Então não me deixe desconfortável, mordomo.

Luana se agachou no canto de uma velha cama de madeira e abraçou a saia. Foi muito desconfortável. Havia insetos nas paredes mofadas e sujas. Estava estranhamente frio, fazendo seu corpo estremecer. Ela se agachou o máximo que pôde, mas não conseguiu parar o arrepio.

'Sou apenas eu? Senti como se tivesse ouvido uma voz humana soluçando de algum lugar.

Nesse momento, Luana viu as paredes cheias de manchas que pareciam sangue. Talvez seja uma verdadeira mancha de sangue. Por ser uma masmorra que trancava criminosos, Luana tinha certeza de que também seria torturada. Esse pensamento fez Luana estremecer ainda mais.

Além disso, Luana estava preocupada com as duas cadeiras no canto. Um estava coberto com um tecido e o outro não. Entre as duas, a cadeira que estava coberta pelo tecido a incomodava.

'É o meu destino.'

Ela não sabe quais crimes ela cometeu em sua vida anterior que a fez vir ao calabouço pela segunda vez. Ela pensou que era por causa do homem que ela viu no mercado. Ela não sabia quem diabos ele era.

Como Luana pensava, provavelmente ela era alguém que se relacionava com o reino ou com a bruxa. Ela não conseguia pensar em nada além daqueles dois casos.

Luana encostou-se na parede com um suspiro e logo surtou.

"Insetos! Insetos!"

E depois de sacudir o corpo como uma louca, ela se agachou na cama.

“Eu realmente não sei.”

Ela sentiu que ia chorar. Foi triste e injusto. Mesmo nesta situação, ela parecia tola por se preocupar com a refeição do duque.

— Quem me trancou aqui é o duque.

Ela não podia deixar de se preocupar com alguém que não se importava com ela. Luana mordeu os lábios com força porque agora não era hora de se preocupar com o duque, mas sim de odiá-lo.

“Um cara mau. Estúpido, estúpido.”

Ela bateu os pés, pegando palavrões para amaldiçoá-lo. Luana não era particularmente boa em xingar em sua vida anterior, mas tentou espremer o cérebro o máximo possível. Ela fez isso porque não podia suportar a injustiça.

“Cabeça de cocô, anêmona.”

E então, ela ouviu uma voz familiar.

“O que é uma anêmona?”

Era o duque. Antes que ela percebesse, ele estava em frente às grossas barras de ferro, olhando para Luana.

“É uma criatura feia que vive no mar.”

Luana acrescentou uma pequena explicação extra. Ela muitas vezes vê o duque, mas estranhamente, agora ele se sente assustador. Assim como as pessoas que estavam atrás dele. O duque veio com dois homens de meia-idade que ela nunca tinha visto antes quando ele abriu a porta de barras de ferro e entrou.

Inconscientemente, Luana puxou o corpo para trás, e as costas bateram na parede. Ela estava apavorada com o inseto nas paredes, mas não dava a mínima porque queria ficar longe do duque o máximo possível.

— Por que ele fez isso?

Ela piscou os olhos nervosamente e só percebeu o porquê. Seus olhos vermelhos olhando para Luana estavam mais frios que o normal.

"V-você está com raiva porque eu disse que você é uma anêmona do mar?"

Ela perguntou com cuidado, mas o duque não respondeu. Ele simplesmente arrastou uma cadeira de dentro da prisão e sentou-se nela. Então as duas pessoas atrás dele puxaram uma pequena bandeja e entraram.