III

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Yuna se curvou diante S/n que só queria privacidade para vestir alguma coisa.

— Estarei a sua disposição. — A mulher afirmou.

— Obrigada, mas você pode se retirar? Se não está vendo, estou precisando me trocar. — S/n suspirou cansada.

O dia havia sido sufocante e ela esperava que as coisas realmente melhorassem, já que provavelmente teria que passar o resto da vida morando ali.

— Ah, claro. — Yuna se apressou para sair. — Se precisar, me chame. — Ela fechou a porta e S/n se jogou na cama com o corpo ainda enrolado na toalha.

Queria dormir ali, daquela forma relaxada e íntima, realmente poderia caso não soubesse que poderiam haver outras chaves de seu quarto nas mãos daqueles Uchihas. Madara tinha fama, não só a bela aparência ou o fato de ser um Shinobi que só perdia para Hashirama, mas sim mulheres que cairiam de joelhos e ficariam de pernas abertas para ele na primeira oportunidade.

Nojento.

S/n sabia que ele já havia transado até com mulheres casadas e aquilo era nojento. Madara Uchiha não passava de um egocêntrico narcisista que nunca sabe o nome da pessoa com quem transou porque simplesmente não irá querer bis.

Izuna seria um tanto quanto diferente nesse quesito. Rumores diziam que o Uchiha mais novo sentia atrações sexuais por pessoas do mesmo gênero e S/n já até ouvirá que o mesmo, durante a adolescência, teve um companheiro que veio a falecer em campo de batalha, causando parte dessa frieza que o Uchiha carrega consigo. Nada nunca havia sido confirmado, mas nunca haviam desmentido também, então as mulheres não chegavam em Izuna, mesmo com sua beleza extravagante e chamativa, ninguém realmente sabia das preferências do Uchiha.

S/n se levantou arrastando o corpo e tirou suas roupas de sua mala. Teria tempo para organizar depois, mas naquele momento a Senju só queria vestir qualquer coisa e se deitar para colocar a cabeça em dia.

(...)

O quarto parecia sufocante.

S/n acordou de madrugada ofegante e transpirando devido aos diversos sonhos angustiantes e recorrentes sobre sua infância, sobre a guerra. Vira repetidas vezes seu irmão Itama sendo morto pelo clã que agora a mesma faria parte.

— Merda. — S/n se sentou na cama e jogou os cabelos para trás, querendo somente ir para casa.

A mesma engoliu seco ao ouvir um barulho vindo de fora do quarto.

Alguém ainda estava acordado?

Ao abrir a porta, implorando para não alertar ninguém de sua falta de sono, S/n sabia que haviam pessoas acordadas na casa graças a bela percepção de chackra que a mesma tinha. Não havia decorado o chackra dos Uchihas ainda, dessa forma a mesma não poderia dizer ao certo qual dos dois estavam acordados, ou se eram ambos.

Se aproximando da origem do barulho e dos resquícios Shinobi que percorrem os corpos de todos os ninjas, S/n deu de cara com uma porta e agradeceu mentalmente por ter andando com as mãos na frente para não acordar a todos com sua falta de algum tipo de visão super potente que permite ver no escuro ou coisa assim.

Ela piscou algumas vezes e colocou seu ouvido rente a porta enquanto se perguntava o motivo pelo qual ainda estava se metendo em qualquer que fosse a origem do barulho sendo que a casa nem era dela.

S/n arregalou os olhos e afastou da porta quando se deu conta que sua atenção se dava aos gemidos vindo do quarto que a Senju supôs ser do Madara, tendo em vista quantas vezes o nome dele fora mencionado só no momento que S/n havia escutado. 

Simplismente teve a atenção tomada e os instintos de fofoqueira ativados por gemidos. Aquilo foi o sulficiente para S/n querer vomitar.

Mas pra ela estar fazendo esse escândalo... S/n chacoalhou a cabeça em reprova aos próprios pensamentos e tentando evitar que suas bochechas ficassem ainda mais avermelhadas do que provavelmente já estava. Ela não conseguia negar que aquele homem mexia com sua cabeça, céus, ela odiava ele mas Madara era tão... Lindo.

Derrepente a porta se abriu violentamente, trazendo S/n para a realidade novamente.

A luz do quarto estava acessa e S/n conseguia ver parte da perna da mulher que Madara estava gentilmente fodendo.

— Mas que porra você está fazendo aqui? — Madara disse irritado enquanto encarava a Senju com aqueles olhos brilhantes e vermelhos que todos os shinobis temiam.

— E-eu ouvi um barulho e vim ver o que era. — Inferno. Ela pensou ao perceber que estava gaguejando na frente de Madara Uchiha.

— Saia daqui. — Com um único comando, S/n sentiu como se suas pernas tivessem vida própria, a guiando para o caminho de volta ao seu quarto.

A mesma parou e bufou. Não iria deixar ele ganhar daquela forma! Fodendo com alguma prostituta barata ou não, ela iria tirar satisfação.

— Você não pode me obrigar. — Com alguns passos, ela já estava frente a frente com o Uchiha novamente. Ele estava quase fechando a porta quando parou para encarar o projeto de Tobirama que o contrariava de uma forma maligna.

— Eu estou ocupado. Saia.

— Você é um porco nojento. — S/n revirou os olhos

— Sério? — Madara cruzou os braços. — Que bom que eu não ligo. Agora faça o favor de sair daqui e ir dormir.

— Atrapalhei a transa? — S/n choramingou de forma sarcástica, deixado o Uchiha ainda mais irritado.

— Atrapalhou sim. — Seus dedos que seguravam a porta ficaram brancos devido a raiva que o Uchiha descontou.

— Espero que o marido dessa não descubra. — S/n riu. — Está tão silenciosa... Você desmaiou ela? Agrediu uma mulher? — A Senju arqueou a sobrancelha, de certa forma, realmente estranhou a mulher não ter dado sinais de vida desde o momento em que ele abriu a porta.

— Não é da sua conta, Senju. — Ele rosnou as palavras, furioso e irritado.

Madara não deu chances de S/n continuar seu jogo de provocações e fechou a porta na sua cara, deixando-a irritada por tal grosseira.

— Vai se foder. — Ela apontou um gesto obsceno para a porta, com a intenção do mesmo a estar observando com o Sharingan.

S/n voltou para seu quarto aos tropeços no escuro e trancou a porta, puxando a mesa de canto do quarto para ter certeza de que teria privacidade.

Nojento, babaca, grosseiro, vulgar, desgraçado... A Senju amaldiçoou o Uchiha de todas as formas possíveis ao se deitar na cama. Ela se lembrou de que teve que manter a postura diante um homem que tirava totalmente sua atenção, principalmente quando ele estava somente com uma calça moletom que não escondia grandes coisas.

Amanhã será outro dia... A mulher tentava se convencer que seria um dia melhor, pacífico e calmo, mas não era burra pra saber que a partir do momento em que acordasse, as coisas seriam turbulentas, chatas e inconvenientes.

S/n dormiu novamente, ignorando qualquer som vulgar que vinha do final do corredor da casa onde estava.

𝐓𝐚𝐤𝐞 𝐌𝐲 𝐋𝐨𝐯𝐞 [𝐌𝐚𝐝𝐚𝐫𝐚 𝐔𝐜𝐡𝐢𝐡𝐚 𝐚𝐧𝐝 𝐒/𝐧]Onde histórias criam vida. Descubra agora