12 | oh my lord max

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     A PERGUNTA QUE SALTA DE SEUS LÁBIOS ME DEIXA instantaneamente possuída pela sensação de estar em uma montanha-russa que gira na velocidade que um carro de Fórmula 1 corre, 100% igual ao carro da Mercedes na temporada passada. Há tantas coisas acontecendo em meu entorno, desde as gaivotas planando no céu azul a Dalton jogando a prancha em um canto e levando o jet-ski para a água, mas só consigo prestar atenção em como Max parece tudo e todas as coisas apesar de estar evidentemente nervoso.

Em uma das raras vezes desde que nos conhecemos, devo confessar, sinto uma sensação de euforia misturada com ansiedade sair de meu estômago e ir para a ponta dos meus pés e o topo da minha cabeça. As borboletas não poupam uma parte sequer do meu corpo, me eletrizando sem parar e de uma forma que mal consigo abrir a boca.

Acho que levo tempo demais para dar uma resposta, pois quando estou prestes a dizer algo, Max volta a falar:

— Eu gosto de você, Lee. Gosto muito. E saiba que eu pensei bastante antes de vir até aqui e fazer isso, especialmente porque sei que você não é a maior fã de surpresas em público. — ele dá um riso trêmulo. — Não posso te prometer uma declaração fantástica, pelo menos não aqui em público, mas posso te prometer meus sentimentos. Aqui e agora e até quando pudermos ficar juntos.

Pisco repetidas vezes. Como é que justamente no dia em que eu converso com Dalton sobre como devo encarar meu relacionamento com Max, ele aparece e me pede em namoro?

Será que isso foi combinado?

— Lee, eu a…

Interrompo Max sem nem pensar duas vezes. Seguro seu rosto com as duas mãos, em forma de concha, e uno nossos lábios. Ele relaxa no ato e segura minha cintura desnuda, juntando ainda mais nossos corpos. Há fogos de artifício estourando e brilhando dentro de mim, porque essa sensação é tão ou ainda mais mágica que pegar um swell em Oahu ou na Gold Coast.

O melhor de tudo é que eu não preciso exatamente pensar na minha resposta, porque ao longo dos meses que passamos juntos, embora nem sempre fisicamente, o conheci mais do que um dia sequer imaginei e recebi inúmeras razões para estar com ele. Eu só não dei uma resposta de imediato porque entrei em choque, já que não esperava por suas palavras, muito menos por sua pergunta.

Me afasto e encosto meu nariz ao seu. Sorrio.

— Minha resposta é sim, Max Emilian. E eu teria dito isso se você não tivesse tomado a frente. — digo dando risada. Max arregala os olhos e volta e me beijar, sorrindo várias vezes enquanto nossos lábios estão juntos. Ao se afastar, me puxa para um abraço que poderia durar uma vida inteira; eu amo abraços. Acho que abraçar alguém é uma das formas mais ternas de demonstrar carinho e todos os sentimentos e sensações que a outra pessoa te causa.

— Por um segundo achei que ia levar um fora — ele ri, a mão segurando minha nuca e em seguida deslizando por ela. — Um segundo não, na real. Um minuto.

— Não seja dramático. — rolo os olhos. Max dá risada mais uma vez.

Não demora para que possamos ouvir gritos e aplausos ao fundo, nos obrigando a virar e olhar em várias direções: Jas e Ben pulando sem parar na areia seca, Anne e Ned recém saídos do mar batendo Palmas e Dalton gritando do jet-ski. Os poucos observadores que transitam por cantos aleatórios da extensa faixa de areia também olham para nós, mas está na cara que não estão entendendo absolutamente nada.

Cravo meus olhos em Dalton, e pela forma como ele parece surpreso, concluo que não sabia sobre esse pedido. Nossa conversa foi extremamente espontânea, embora tão no momento certo que pareceu suspeita.

Max agora segura minhas mãos, me fazendo desviar a atenção do cara no jet-ski, e ergue um pouco o anel que ele segura com os dedos polegar e indicador. Devo confessar que meus olhos ardem com a forma com que o pequeno objeto prateado me parece ainda mais significativo e belo agora que está prestes a envolver meu dedo anelar. Balanço a cabeça para Max, uma confirmação silenciosa, e observo-o encaixar o anel bem devagarinho e bastante atento, como se perder qualquer segundo do que está fazendo fosse inadmissível.

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