05 | prazer em te conhecer, peter parker

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     MAIS UM TEMPO SE PASSA E A HOSTESS RETORNA mais sorridente do que antes, e posso afirmar que seu sorriso contagia e é tão branco que parece perfeitamente capaz de iluminar nossos rostos.

— Temos uma mesa disponível na janela central! Ela acabou de ficar vaga. — informa. Ela anota algo no tablet que está segurando e volta a nos encarar. — A reserva ficará no nome de quem?

Sem exceção, todos olhamos para Charles. Ele bufa.

— No meu! — diz, os olhos curiosos tentando ver o que há no tablet.

— Qual o seu nome, senhor?

— Charles Leclerc.

A mulher asquiesce e escreve mais alguma coisa.

— Certo, Sr. Leclerc. A mesa está reservada. Os clientes tem duas formas de acessar os andares acima — ela olha para o salão que se estende ao nosso lado. Apontando um pouco para a direita, volta a falar: —, a escada e o elevador, mas a escada está temporariamente interditada, então vocês precisarão utilizar o elevador. Em caso de emergência, como a paralisação da cabine, há um botão ao lado da porta que poderá ser acionado. Quando chegarem no terceiro andar, só é necessário informar seu nome para que o hostess os leve até a mesa.

Pisco sem parar. São tantas informações.

Charles agradece e nós fazemos o mesmo em seguida. Caminhamos por um corredor lateral, anexo ao restante do salão e com um aquário gigante servindo como parede, e chegamos ao elevador. Olho para trás uma última vez antes de não conseguir mais enxergar o que tem lá fora e consigo ver nossos seguranças parados na calçada. Eles estão nos seguindo desde que saímos do hotel, entretanto mantém uma distância saudável para não deixar ninguém… sufocado.

— Ok, vamos lá — Lando se vira para nós em um pulo. George franze o cenho, confuso. — Um elevador não comporta tanta gente, então vamos ter que nos dividir.

— Como? — Max questiona.

— Seis sobem primeiro e dois vão depois. — nesse instante, nesse exato instante, ele dá uma olhadela para mim e eu consigo ler seus pensamentos. Sei que Ava também.

Marie, que está mais à frente, aperta o botão. Quando as portas se abrem, Charles e Océane e George e Marie pulam para dentro. O casal real passa na minha frente descaramento e entra logo em seguida. Tudo acontece tão rápido: Lando tentando pressionar o botão na velocidade da luz — e sem chamar muita atenção — para que as portas fechem e eu não possa me enfiar lá mesmo que talvez isso seja uma péssima ideia, Max passando por mim para tentar entrar, as portas impedindo que mais alguém use o elevador.

Estou sozinha com ele outra vez.

— Não precisa ficar envergonhada pelo que Lando e Ava disseram — Max fala enquanto esperamos o elevador descer, e sua voz soa rouca e baixa. Tento fingir que não ouvi, mas ele se aproxima mais de mim, quase colando nossos ombros, e continua. — É passado.

— Não estou envergonhada, Max. Aliás, nem sei do que você está falando. — minto.

— Claro, e eu sou o espetacular homem-aranha.

Diante de tamanho deboche, me viro para ele. Meus olhos semicerrados captam as feições relaxadas de sua face. Quanto mais de perto o vejo, mais tomo notas de como ele é bonito. Chega a ser absurdo.

— Prazer em te conhecer, Peter Parker. — estendo minha mão para ele. Para minha completa surpresa, Max a agarra.

— O prazer é todo meu, Gwen Stacy.

Sou incapaz de conter a risada. Afasto minha mão, mas mantenho minha atenção no piloto. O sorriso em seus lábios me deixa confusa, mas é totalmente compreensível.

Natural Nonsense | Max Verstappen ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora