1.4 - someone from the past

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·.¸¸.·♩♪♫.Como posso dizer isso sem quebrar? Como posso dizer isso sem assumir? Como posso colocá-la em palavras quando é quase demais para a minha alma sozinha? Eu amava e amava, e eu perdi você. E dói como o inferno. Sim, dói como o inferno.♫♪♩·.¸¸.·

[Hurts like hell - Fleurie]

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Era sábado e Porchay acordou quase na hora do almoço. Quando foram lhe chamar para jantar na noite anterior, fingiu já estar dormindo e pela manhã, quando o chamaram para o café, ele disse não estar se sentindo muito bem. Mas já era quase meio dia e Macau estava quase derrubando a porta de seu quarto gritando seu nome. Levantou sem a menor disposição, a cabeça doendo como se estivesse prestes a explodir.

- Que porra, Macau! - Chay pragueja ao abrir a porta e ver o vulto do primo passando por si jogando-se na cama com uma mochila.

- Bom dia, princesa! Ou diria boa tarde? Já é quase horário de almoço. - Diz Macau jogando seus sapatos em qualquer canto.

- Pare de ser bagunceiro. - diz Porchay pegando os sapatos e mochilas do outro e levando até o outro lado do quarto.

- Você está rabugento hoje e com uma cara horrível. Bebeu uísque escondido da adega do tio Korn? - o primo pergunta.

- Não, eu só não estou me sentindo muito bem, só isso. - Chay fala deitando-se ao lado do primo.

- Lá embaixo está uma loucura, e aqui no corredor também. - fala Macau.

- Como assim? - Porchay perguntou com uma leve curiosidade.

- Algumas caixas de mudança de Kim chegaram. - o mais baixo diz tranquilamente, sem perceber o olhar vacilante de Porchay ao ouvir sobre o cantor.

Todas as lembranças do dia anterior voltaram, Porchay ainda estava confuso sobre tudo, se mantinha-se firme na sua decisão de nunca mais permitir que Kim parta seu coração ou o engane novamente, que nunca se aproxime de si... ou se daria uma chance dele lhe contar seu lado da história, suas motivações e os tais sentimentos que ele disse sentir. Chay não sabia o que sentir naquele momento, iria esperar sua mente absorver tudo e tomar uma decisão da qual não viesse a se arrepender depois. Precisava pensar dessa forma para proteger a si mesmo de uma nova decepção.

- Então P'Kim está na casa? - Chay pergunta tentando parecer despretensioso, afinal, apesar de todo o caos em sua mente, ainda assim ansiava por ver Kim. Seu coração acelerava com a possibilidade de apenas se encontrar com ele e vê-lo. Depois de ontem, principalmente. Ele jamais imaginou que Kim recuaria depois do que disse, mas ele recuou. Aquilo trouxe alívio a Chay, ao mesmo tempo que o deixou um tanto temeroso por o mais velho desaparecer e se afastar. Fechou os olhos com força, nem mesmo ele sabia o que queria e sentia. Perguntava a si mesmo se desejava que o outro o esquecesse de vez e sumisse de sua vida ou se desejava que ele continuasse insistindo em se reaproximar e obter seu perdão como vinha fazendo. Porchay nunca esteve tão perdido.

- Não. Eu disse que algumas caixas estão aí, e não que ele estava. Não se preocupe, cara. - Macau responde chamando a atenção do outro que se perguntava se o primo sabia de algo. Se havia notado o que acontecia entre ele e Kim.

- Porque eu me preocuparia com o fato de P'Kim estar em casa? - pergunta nervoso.

- Não sei... - Macau diz com um bico. - Você sempre fica estranho quando está por perto.

- Não fico, não. - Porchay fala indo até o seu pequeno closet escolher algo para vestir.

- Fica sim! Eu percebi isso essa semana no almoço, quando ele chegava você mudava e ficava esquisito. Fora que vocês ficam se olhando estranhamente. - Macau diz apontando para o outro.

THIS STORY IS CALLED US {KIMCHAY} por R.V. (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora