O olhar de esperança em seu rosto caiu quando a porta se abriu e Theo entrou pela porta. "Você nos matou de susto, sua pirralha", ele sibilou para ela, contornando a cama e colocando um moletom e uma calça de corrida no colo dela. "Draco deixou no meu carro."
Ela assentiu em silêncio, mordendo o lábio. "Sinto muito."
Ele apenas suspirou, enfiando as mãos nos bolsos. "Draco e Harry estão subindo do estacionamento. O Sr. Malfoy está no corredor. A pobre enfermeira não sabe com quem está lidando." Seus lábios se inclinaram em um pequeno sorriso. "Você pode se trocar?"
"Acho que sim", ela murmurou. "Mas pode me ajudar a levantar?" Theo puxou os cobertores para baixo, seus olhos se estreitando nos hematomas escuros que já se formavam nas pernas dela. "Nem uma palavra, ainda não." sussurrou Hermione.
"Você sabe que Malfoy vai destruí-lo, não sabe?"
"Qual deles?" Hermione ofereceu, sorrindo quando ele deu uma risadinha. "Eu sei." Ela estendeu o braço, deixando que ele a levantasse. "Vire-se!", ela disse enquanto ele hesitava em soltá-la. "Não há nada debaixo dessa roupa."
Foi uma luta para vestir a calça de corrida, tendo que se abaixar e empurrar as pernas. Theo se moveu, quase se virando quando o terceiro gemido escapou por entre os lábios dela. "Tem certeza de que pode se vestir sozinha? Há uma enfermeira no corredor."
"Estou bem", respondeu ela, enfiando as mãos nas mangas do moletom de Hogwarts. "Estou mais preocupada com o fato de os pontos ficarem presos no tecido." Hermione congelou quando os gritos do corredor atravessaram as paredes finas como papel do hospital.
"Não me importa se há alguém lá dentro ou não; você não vai me impedir de vê-la." Era inconfundivelmente a voz de Draco que estava pingando ácido. "Vai se foder!"
Hermione estremeceu com os sons que se seguiram: deve ter sido o carrinho de uma enfermeira sendo empurrado por ele e, em seguida, a porta do hospital foi aberta. Ela não se arriscou a olhar por cima do ombro, para ver o rosto dele se contorcer de raiva ao ver o ferimento feio nas costas dela que ficaria marcado.
"Eu vou matar aquele idiota." Ele rosnou.
"Não comece", ela implorou, fechando os olhos. "Olho por olho torna o mundo inteiro cego, você sabe."
"Aquele desgraçado vai ficar mais do que cego quando eu colocar minhas mãos nele." As palavras de Draco lhe causaram um arrepio na espinha enquanto ela tentava puxar o capuz sobre a cabeça. "Você precisa de ajuda?" resmungou ele, enquanto ela balançava a cabeça. "Tão teimosa."
"Não se atreva a vir até aqui! Não estou usando sutiã e não posso ser vista", a voz dela se embargou em um soluço nas palavras que não saíam. "Não posso, não quero que ninguém me veja sem roupa."
Houve um silêncio pesado. Ela sabia que Theo não tinha se virado para ver os pontos horríveis que cobriam a pele da coluna, ou que Harry devia estar por perto, provavelmente se demorando no corredor. Ela prendeu a respiração quando os passos se aproximaram e ela pôde sentir o calor do corpo dele tão perto do seu. A proximidade fez a bile subir em sua garganta e seus dedos tremeram.
"Estou atrás de você", disse ele em voz baixa. "Não vou olhar para você além da parte de trás da sua cabeça. Não vou tocar sua pele, Hermione. Entendeu?" Quando ela assentiu, ele segurou a bainha do capuz, colocando-o sobre a cabeça dela. "Fique quieta. Tenho que olhar seus pontos para que não fiquem presos no tecido."
"Eu confio em você." Hermione engasgou. "Pelo amor de Deus, por favor, não me toque acidentalmente."
"Não se mexa." Ele disse a ela, estendendo a mão para pegar a bainha da frente, deslizando-a sobre o peito e descendo pela barriga. "Sinto muito que não seja o que você quer, mas você não poderia ter se vestido sozinha".
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The Red String of Fate | Dramione
FanfictionUniverso Alternativo. Duas pessoas conectadas pelo fio vermelho estão destinadas a se amarem, independentemente de lugar, tempo ou circunstâncias. Esse cordão mágico pode se esticar ou emaranhar, mas nunca se romper. Draco Malfoy é o melhor amigo de...