The Red String of Fate | Dramione

12

A casa dos Potter ficava a algumas ruas de distância da sua, uma caminhada curta que ela já havia feito muitas vezes. Ela se viu caminhando até lá sem nem mesmo perceber para onde estava indo no início. Ela poderia ter optado pelo playground entre as casas deles, onde passara muitas noites no ensino médio ao lado de Harry enquanto eles passavam pela puberdade.

Hermione tirou os fones de ouvido, enrolando-os no telefone e guardando-os no bolso da jaqueta. Eram quase dez horas da noite e, apesar de saber que era incrivelmente rude se colocar na porta da casa dele em uma noite de aula, ela bateu de leve na porta.

Um ritmo que ela inventou depois que Harry, bem mais jovem, foi repreendido por abrir a porta quando não sabia quem estava do outro lado. Um sorriso lento se desenhou em seu rosto quando Lily riu alto, vindo atender a porta com um sorriso. "Hermione!", exclamou ela, envolvendo-a em um abraço apertado. Ela cheirava a perfume doce enquanto apertava Hermione com força. Seu cabelo estava preso em um coque bem arrumado enquanto ela estava vestida para se exercitar.

As mãos de Hermione subiram até seus ombros para apertá-la. "Posso falar com Harry?", perguntou ela.

Linhas de riso apareceram em seu rosto quando ela deixou a porta se abrir. "Em seu quarto com Theodore." Lily sentiu falta do modo como Hermione fez uma careta. De todos os momentos para Harry não estar sozinho. "Como você está?", ela segurou Hermione pelos braços, sorrindo para ela. "Não tenho visto você desde então."

Correndo para interrompê-la, Hermione sorriu e respondeu. "Estou bem. Foi um início de ano letivo difícil, mas estou me saindo muito melhor do que imaginava." Ela foi apertada uma última vez antes de sair correndo pelo corredor e bater suavemente na porta antes de girar a maçaneta.

"Hermione?" Harry se recostou no saco de feijão para dar uma olhada nela, com o controlador na mão. "Oh, merda, você está horrível."

Ela engasgou com o que poderia ter sido uma risada, talvez um soluço. "Você sabe mesmo como falar com uma mulher, não sabe?"

Harry olhou para Theo, acenando com a cabeça enquanto o garoto à sua frente salvava o processo do jogo e desligava o console. Theo hesitou. "O Ron fez alguma coisa com você, porque eu vou matar aquele filho da puta."

"Não", ela murmurou. "Eu tenho um problema", ela conseguiu dizer enquanto Theo caminhava até ela e colocava um braço ao redor de seu ombro. "Eu precisava falar com Harry, mas você está aqui e agora não sei o que fazer."

"Posso ir embora, se for o caso."

"Não, não me deixa desconfortável ficar perto de você", ela rosnou, beliscando a pele da clavícula dele. "Você é um dos meus melhores amigos, mas se ouvir isso, estou pedindo que guarde um segredo do seu melhor amigo."

"Que porra o Malfoy fez?" A voz de Harry estava baixa, estranhamente calma. Seus olhos brilharam quando ele olhou para Theo, cuja expressão ela não conseguia ver.

"A única pessoa que fez algo comigo foi Cormac McLaggen." Foi um grito, e ela ouviu o barulho da sala de estar parar. Ela podia ver isso claramente em sua cabeça, Lily Potter parando no meio do passo durante a zumba. "E Draco está me ignorando de repente, e eu só preciso falar sobre meus sentimentos." Hermione cuspiu as palavras como se estivessem queimando.

"Tudo bem." Harry disse em voz baixa, com os olhos verdes escuros arregalados enquanto pegava uma jaqueta e o celular na cômoda velha. "Ok, podemos fazer isso, mas você vai gritar mais?" Theo se sacudiu de rir ao lado dela, mal abafado enquanto mordia a parte interna da bochecha.

"Estou indecisa", ela respondeu categoricamente. "O parque?", ela perguntou, para receber um aceno de cabeça em troca. "Maravilhoso, obrigada."

O parque, que deveria ser mais agradável do que era, considerando o bairro em que havia sido construído, a fez lembrar de algo que ela quase perdeu. Da maneira como ela havia sido despreocupada o suficiente para entrar na casa dele e de como a mesma pessoa não havia saído de lá. Hermione sentou-se na grama, levantando a perna para apoiar o queixo no joelho enquanto os dois se sentavam ao seu lado, formando um triângulo desproporcional.