(1) Ela me faz feliz

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   ⁠      ♡♡2009⁠♡♡

Rosé encarava a janela fechada, sem nenhuma cortina para atrapalhar a fraca iluminação adentrar o quarto branco. Claro que ela não estava focando em nada, apenas havia acabado de acordar, o quê de fato ela não queria. A neozelandesa de vinte e dois anos choramingou ao falhar na tentativa de adormecer.

Era insuportável acordar, principalmente no meio da noite e não conseguir dormir para voltar com sua incrível vida que acontecia em seus profundos sonhos.

Mesmo sonolenta, Rosé se sentou lentamente na cama de solteiro e abraçou a coberta fina que nunca a protegia do frio. Ela tentou imaginar outra vez Jisoo sentada na borda da cama, implorando para Park cantar outra música. Ela até sorriu, isso seria incrível, mas não conseguia imaginar o seu anjo ali, não sem ter tomado o seu remédio.

Horas foram passando, e Rosé havia voltado sua atenção para a janela até que os primeiros sinais do dia amanhecendo apareceram. Isso era ruim, pois seria forçada a ficar ao lado de fora com as outras pessoas esquisitas que assustava-a.

- Bom dia. —A mulher cumprimentou assim que entrou no quarto, fechando a porta e sorrindo carinhosamente para Rosé. — Trouxe seu café da manhã. Fiquei sabendo que ontem não quis comer, mas hoje estou aqui novamente e você comerá tudo, não é mesmo?

  Rosé suspirou, mesmo odiando o humor animado que aquela mulher tinha, aos poucos foi gostando de como ela cuidava de si e havia uma paciência incrível. Claro, Rosé nunca foi uma paciente surtada o suficiente com o pessoal que trabalhava na clínica, mas sempre estava calada e encolhida em cada canto. Algumas pessoas deixavam claro que odiava lidar com os pacientes, e no fundo Park gostava de ter ganhado outra cuidadora temporária que estava quase todos dias cuidando dela.

- Não vai comer? Eu que ajeitei seu café, sabia? Então coma.

  Rosé olhou a bandeja que estava em sua frente, sobre o colchão, enquanto a cuidadora estava agachada no chão observando-a.

- Se você não comer, eu irei.

- Coma.

- Hey! —Riu baixo. — Você não deveria abrir a boca só para me desobedecer... —Sorriu ao notar que a garota ficaria em silêncio. — Rosé? Sei que estou aqui quase dois meses, mas já te falei que pode ficar a vontade comigo e contar se algo te incomoda. Eu já te falei que fui obrigada a vir para a clínica por conta de um trabalho voluntário que o meu tio delegado me obrigou a fazer, só porquê eu xinguei aqueles velhos no banco, né? Mas eu não errei, aqueles velhos são ousados demais.

  Rosé pegou o pedaço de maçã cortada, então mordeu. Escutando com atenção.

- Coma, pois já já irei te levar para tomar sol.

- Não...

- Eu sei que você não gosta de sair do quarto, mas terei que te levar, ainda mais que fiquei sabendo que não saiu ontem daqui, né, mocinha?

- O remédio...?

- Será entregue depois. Você deveria ter ido para a cantina igual aos outros e ficar na fila para tomar o remédio.

- Não...

- Ok. Ok. Tanto faz. —A tailandesa levantou. — Uau. Você falou mais de três palavras hoje, isso é um grande progresso, sabia? E fico, sei lá, feliz por estar falando comigo aos poucos e parando de ter medo. Já que né, quando me conheceu quase quis me matar.

  Rosé abaixou a cabeça, envergonhada ao relembrar. Mas não era como se ela tivesse culpa, só não gostava daquelas pessoas e quando viu Lalisa pela primeira vez e ela tentou aproximar, foi assustador. Mas mesmo gritando e quase machucando-a, Lalisa foi paciência e não tentou jamais ser cruel.

Jisoo is my angel {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora