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Antes que Aria, assustada, tomasse qualquer atitude, Asterope, de joelhos, estendeu a mão para ela. O rosto de Aria endureceu com a visão da ação que ela tinha visto tanto em outros lugares.

De jeito nenhum!

"Posso dizer adeus às costas da sua mão?"

"... Não."

"Que bobagem você está dizendo? Você manteve seu capuz o tempo todo, nem mesmo me mostrando a si mesmo."

Apesar de sua recusa calma e resoluta, Asterope riu levemente. Parecia que ele não queria que ela dissesse sim desde o início. Ele se levantou sem arrependimento.

"Oh, você é uma mulher muito fria."

"Você é muito quente, não é? É bem diferente da última vez."

Ela tinha vivido uma vida mais longa do que seus anos, mas era a primeira vez que via uma pessoa rude como aquele homem, além daqueles que se aproximaram dela bêbados e sem medida.

Da última vez, ela estava morrendo de medo, mas hoje, ela sentiu como se ele estivesse agindo como um louco. Mesmo depois das palavras afiadas de Aria, ele manteve um sorriso repentino sobre ele.

"Peço desculpas pelo que aconteceu no outro dia. Foi muito importante para mim, e é por isso que estou lhe dando esse tipo de recompensa."

"Ah ok. Então, posso ir agora?"

Aria não deu ouvidos a Asterope. Ela não tinha palavras para falar com ele nem negócios com ele, então ela se virou sem arrependimento. Ele não foi educado, e ela não queria mais falar com ele.

Ele não precisava, nem tinha por que, mas estava prestes a se despedir de Aria.

Os olhos de Asterope se moveram pelo corpo de Aria, mas seu próprio corpo não moveu um músculo. Os profundos olhos azuis estavam cheios de pura hospitalidade, sem qualquer tipo de malícia.

' Ele é tolo.'

Aria, tentando subir na carruagem enquanto era observada por ele, de repente tropeçou e deixou cair o buquê a seus pés.

Surpresa com isso, Aria, com os olhos arregalados, tropeçou para pegar o buquê. Ela nem percebeu que seus movimentos eram contraproducentes, esmagando as flores

"Ó meu Deus!"

"...!"

Não, era exatamente isso que Aria queria. Era também um sinal de que ela não receberia as flores de Asterope. Tulipas, que normalmente tinham um cheiro bom, rapidamente absorviam o líquido residual desagradável debaixo da carruagem devido aos movimentos muito naturais de Aria.

Que coincidência! Como ele havia escolhido apenas pétalas, a maneira como ela as esmagou impossibilitava o reconhecimento do original. Aria, que decidiu que não poderia pegá-los, levantou o corpo com um olhar triste no rosto.

Em seu nome, um dos cavaleiros pegou o lamentável buquê. As tulipas, que tinham acabado de ostentar uma beleza superlativa, agora se transformaram em um amontoado bagunçado que azedaria o humor de quem as olhasse.

The Villainess Reverses the Hourglass (Novel)Onde histórias criam vida. Descubra agora