Azul ou rosa?

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Point of view Beatrix

Minha vida nunca foi fácil, nasci numa família pobre e virei órfã quando ainda tinha seis anos, o que foi muito difícil para mim no começo, a dor sempre permanece ali, no entanto com o passar dos anos procurei não me lamentar por isso, apesar de saber que cada um reage de uma maneira as situações da vida. Por exemplo: Isobel; ou "Icy", a minha irmã mais velha; virou uma narcisista, D'arcy virou uma emogótica depressiva, já eu...uma garota que sempre parece ter a solução dos problemas; mesmo tendo vários; e uma grande galinha viciada em flertes desnexos e sexo lésbico. Talvez essa não seja a melhor forma de superar traumas, mas é a essência que me faz conseguir seguir a minha vida todos os dias sem olhar para o passado. Talvez por isso a proposta de Stella me interessou tanto, saber que uma garota que tem pais vivos, sempre teve tudo do melhor e mais caro, mesmo assim era alguém claramente com uma autoestima péssima.

E também porque foderei uma grande gostosa e de brinde aumentarei meu salário!

— Que demora, Stella! — murmurei impaciente enquanto a esperava vestir a lingerie que eu havia escolhido. — Tenho que te perguntar uma coisa importante!

— Já estou indo, calma! — falou rápido e logo saiu do provador, me fazendo por um segundo esquecer como se respira. — Por que tá me olhando assim? Fiquei feia?

A olhei de cima a baixo minuciosamente, seu corpo alvo e cheio de curvas tinha ficado uma delícia naquele conjunto preto de lingerie rendado. Eu já tinha visto muitas mulheres de traje íntimo, mas a Stella com certeza acabou de entrar no hall das mais gostosas, aquele corpo parecia ter sido esculpido por algum deus da beleza e do sexo.

— Pelo contrário! — Levantei e fui até ela, a vendo corar e por um segundo imaginei se ela corava em outras situações. Olhei fundo em seus olhos azuis esverdeados e ela engoliu em seco, era engraçado deixar minha chefe nervosa. — Olha para o espelho, chefinha...— Pisquei e segurei em sua mão auxiliando-a a virar de frente para o espelho. — Está vendo isso, Stella?

Perguntei baixo em seu ouvido e vi seus pelinhos da nuca se arrepiando, ela claramente não tinha uma vida sexual muito ativa, por isso eu sabia que minhas provocações acabariam a deixando sedenta mesmo sem perceber e era isso que eu queria... que ficasse sedenta a ponto de me implorar para mostrá-la o quanto ela pode ser uma depravada.

— Nada demais...

Falou tentando soar indiferente, quase em um sussurro.

— Pois não é isso que eu vejo, sabia? — Olhei em seus olhos através do reflexo e pude ver o misto de vergonha com uma leve repreensão de sua excitação.  — Eu vejo uma garota extremamente gostosa, que não tem um defeito sequer, e com um físico que provavelmente deve ter uma ótima performance e... — Sorri sacana e dei um passo atrás apenas para descer meu olhar para a calcinha fina enterrada em sua bunda enorme. — Com uma bunda que ficaria ótima marcada com meus dedos.

— Beatrix...— Pigarreou tentando fugir daquela situação, mas pelo reflexo eu conseguia ver suas pupilas levemente dilatadas. — Não deveríamos estar indo mais devagar? Mal te fiz a proposta e você já me trouxe para cá, basicamente abandonamos trabalho e-

— Você está fugindo, mas tudo bem...adoro desafios! — Falei com cinismo e ela revirou os olhos. — E a propósito, você é a chefe e se quer ajuda saiba que vai ter que nos dar folga alguns dias, e o que a gente consumir é sua conta, porque a única burguesa aqui é você!

Ela bufou e revirou os olhos cruzando os braços.

Sexy!

Você sempre foi tão mercenária? — Assenti com a cabeça e ela voltou a revirar os olhos. — Vamos conversar sobre isso depois, suas exigências estão ficando muito extensas.

— Você quem sabe...— Falei com descaso enquanto encarava seus peitos e o quanto eles tinham ficado bons naquele sutiã apertado. — Você vai levar isso!

— An? — Ficou confusa e depois percebeu que eu estava secando seus seios, tentando os tampar com os braços, o que me fez rir. — Você é uma pervertida, idiota!

— Acho que por isso estamos aqui, não é?! — Brinquei com as sobrancelhas e ela voltou a bufar entrando com raiva na cabine. — Você anda muito estressadinha, felizmente conheço um ótimo chá! Depois faço você tomar e te ensino a fazer!

Ela provavelmente não entendeu e aquilo só me fez gargalhar, de alguma forma saber que eu estava responsável em fazer uma garota quase inexperiente; sexualmente falando; a virar uma puta sem pudores me deixava extremamente empolgada e eu queria mergulhar naquilo.

Cair de boca também!

Vamos comprar apenas aquele? — Ela questionou já vestida habitualmente e neguei.

— Escolhi outras peças que tenho certeza que você ficará tão gostosa quanto nessa e mandei embalarem! — Dei de ombros e seu rosto ficou com uma expressão de dúvida. — Antes que pergunte, peguei um de seus cartões black na bolsa e paguei. Vamos logo que ainda precisamos comprar roupas e outras coisas.

— Você é muito abusada, não pode sair mexendo nas minhas coisas assim, garota!

— Tanto faz, a propósito, sobre as " outras coisas"... — Abri um sorriso pervertido e ela semicerrou os olhos.

— Lá vem...

Quase gargalhei, mas me manti seria para fazer a pergunta.

Se eu comprasse um strap on, você iria preferir um pau azul ou rosa?


Aulas de sexo: Como reconquistar seu namorado! - Stellatrix Onde histórias criam vida. Descubra agora