Capítulo 57

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Jungkook

Meus instintos protetores estavam rugindo mais uma vez.

Eu respirei fundo e disse a mim mesmo para obter o controle.

Ele estava tão nervoso sentado lá no banco do passageiro do Hellcat, torcendo as mãos no colo e quicando a perna. 

O pensamento de que um jantar com os meus pais faziam ele assim me deixava puto.

Eu não deveria ter que protegê-lo da minha mãe. 

Eu não deveria ter que protegê-lo de cafajestes ricos que perseguiam pessoas em banheiros privados e espalhavam rumores sobre a sua honra.

Quando eu pensei em toda essa merda e o drama que eu trouxe em sua vida, isto torcia minhas entranhas.

Fiquei surpreso que Jimin ainda queria estar comigo. 

Fiquei surpreso que ele não estava fugindo tão longe quanto ele podia conseguir.

Apenas o pensamento disso me deixava louco.

Eu o amava pra caramba. 

Mais do que eu nunca pensei que pudesse amar alguém.

Eu ia protegê-lo disso. 

De qualquer um e qualquer coisa que sequer insinuasse na tentativa de destruí-lo.

Cheguei através do assento e enrosquei meus dedos com os dele. 

Ele olhou para mim e sorriu. 

Eu nunca tinha visto seu cabelo assim, liso antes. 

Normalmente, era tudo selvagem e desregrado. 

Eu adorava, embora, mas eu amei este também. 

Era como se eu tivesse descascado uma camada dele que eu não sabia que existia.

Eu não podia esperar para ver que camada eu descobriria a seguir.

Quando eu estacionei na garagem, ele mexeu com seus óculos. 

Jimin os ajustou em seu nariz e correu os dedos através de seu cabelo.

— Se este jantar ficar uma porcaria, vamos sair e ir para Taco Bell.

Ele riu. 

— Promete?

— Ei —, eu murmurei e coloquei uma mecha sedosa de cabelo atrás da sua orelha. — Eles vão amar você. Não há nenhuma maneira que eles não vão.

Ele assentiu com a cabeça.

O interior da casa dos meus pais estava calmo e acolhedor. 

Música de jazz suave e suas vozes flutuavam baixas a partir da direção da cozinha, e antes que nós seguíssemos, peguei seu casaco e o pendurei na porta.

Eu parecia mal vestido ao lado dele, em um par de jeans e uma camiseta de manga comprida de malha.

— Jungkook —, minha mãe chamou. — É você?

— Não. É Papai Noel —, chamei de volta.

Jimin nem sequer abriu um sorriso. 

Eu peguei sua mão e ele a apertou em um aperto de morte. 

Nós caminhamos para a cozinha juntos, e eu podia senti-lo assimilando as paredes de cor bacana, mobiliário rico, e todos os detalhes desta casa que eu provavelmente nunca notei. 

Isso me deixou curioso sobre onde ele cresceu, com o que sua casa parecia.

Minha mãe estava em pé na ilha e meu pai estava servindo uma taça de vinho para cada um. 

Attraction in Geek - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora