Capítulo 107

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Jungkook

Jimin agora tinha respostas.

Provavelmente mais informações do que ele nem mesmo queria.

Parte de mim estava além de lívido que minha mãe colocou tudo isso em movimento.

E a outra parte de mim estava feliz que ele finalmente sabia a verdade.

Eu dirigi a um hotel local, um dos mais bonitos que passamos. 

Jimin sentou-se em uma cadeira no hall de entrada, parecendo pequeno e frágil, enquanto eu reservava para nós um quarto na recepção.

A senhora tentou me paquerar. 

Normalmente, eu teria evitado isso habilmente, com charme, e elas não iriam nem perceber que eu estava rejeitando suas tentativas.

Hoje não.

Pela primeira vez na história, a atenção que eu atraía parecia ser um incômodo. 

Eu sabia que aquela mulher viu Jimin sentado lá. 

Nós tínhamos entrado de mãos dadas no hotel. 

Eu não sei o que havia com Jimin (seu tamanho, talvez) que fazia as pessoas pensarem que poderiam ignorá-lo ou, de alguma maneira, empurrá-lo de lado, mas isso estava seriamente começando a queimar minha bunda.

Quando ela me entregou o cartão-chave e tentou me escorregar seu número, me deu um estalo.

Debrucei-me sobre o balcão como se eu fosse pegá-lo. 

Um brilho veio aos olhos da mulher e eu sorri.

— Guarde isso antes que você se envergonhe —, eu disse baixo. — Esse garoto sentado ali - você sabe, o que parece que já esteve em seus melhores dias?

Os olhos da mulher deslizaram para Jimin e voltaram.

Eu balancei a cabeça. 

— Sim, ele. Mesmo em seu pior dia, o que não é hoje, ele ainda seria cem vezes mais do que você nunca vai ser.

Os olhos da mulher se arregalaram e sua boca abriu ligeiramente.

— Cuidado —, murmurei e empurrei para fora do balcão. — Você vai pegar uma mosca.

Eu passeei para longe, e mesmo que eu tivesse apenas agindo como um idiota, eu me senti um pouco mais leve. 

Eu estava com tanta raiva interior que liberando mesmo um pouco de vapor foi um alívio.

Não, não era culpa daquela loira, mas ela era a pessoa azarada que eu coloquei os olhos em primeiro lugar.

— Vamos lá, baby —, eu disse calmamente quando eu cheguei ao Jimin. 

Ele estava descansando o queixo na palma da mão e olhando para seu colo. 

Ele nem sequer tinha ouvido minha troca com a recepcionista.

Enrolei minha mão em torno da parte superior de seu braço, e o ajudei a se levantar antes de pegar nossas bolsas e alcançar sua mão.

— Este lugar tem serviço de quarto. Eu tenho um cardápio. Que tal um filme, um pouco de comida, e um chuveiro quente? — Eu perguntei, uma vez que estávamos no elevador.

— Substitua a comida por braços e você tem um negócio.

— Meus braços são um fato óbvio — eu disse e os envolvi em torno dele só para provar meu ponto. 

O suspiro dele me apertou por dentro por muitas razões.

Eu era o seu lugar macio para cair.

Eu era a sua força naquele momento.

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