capítulo 2 seja bem-vindo

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Na manhã seguinte, acordei com Tom me chamando. Ele parecia desesperado.

- por favor acorde, vamos nos atrasar - ele balançou meu corpo de forma suave - Lara Lucioni acorde, vista-se a rainha te espera, e qualquer coisa estou no corredor.

Ele saiu do quarto e eu encarei sonolenta a roupa que estava perto da cama. Um vestido com uma cor clara e azulada, bordado diversas flores e borboletas, o costureiro que fez ele tem muito talento. Porém não faz meu tipo.

Passei pela porta a procura de Tom.

- cadê o vestido?

- não quero por, estou bem assim - ele me olhou de cima a baixo.

- o que eu tenho a ver com isso? Vamos - ele me empurrou de volta para o quarto - se você não vai se vestir eu te vestirei.

- isso não.

- então siga as ordens - Tom falou sério e saiu batendo a porta.

Depois de mais algum tempo me arrumando, saí do quarto a procura do sangue suga.

- feliz agora? - minha insatisfação fez ele rir.

- está maravilhosa, me siga por favor princesa.

Em um pequeno gesto as árvores enormes se abriram uma passagem, é um pouco assustador o talvez quarto onde eu estava precisei apertar meus passos para alcançar o Tom.

Olhei em volta uma espécie de salão com várias salas com as mesmas árvores que a minha porém parecia bem menos olhando de fora, era um hospital que mais parecia um templo, todo branco com paredes altas e torres altas tudo muito bonito porém rachaduras preenchiam as partes mais altas do salão.

Olhando Tom que estava passos a minha frente posso dizer que ele é um vampiro incrivelmente bonito, os cabelos azulados e seu corpo a cinturado, sua voz calma e doce. Qualquer um morreria de amores por ele, até ele falar com seu jeito melancólico.

Passamos por uma grande porta e então saímos, era um lugar extraordinário, como nos desenhos infantis onde fadas voam carregando pote de pozinho mágico, só que sem pó mágico ou fadas voando. Árvores altas onde o sol batia e deixava tudo mais bonito.

- essa é sua verdadeira casa - Tom falou sem muito ânimo - aqui é a praça central ou o centro do Reino, era sempre cheio de pessoas, bichinhos, e tudo era mais verde e bonito - ele parou de falar, como se escolhesse com cuidado cada palavra - após a briga tudo se despedaçou, e ainda a ruínas a serem restauradas.

- briga? - perguntei mas sem resposta.

- o castelo é meio longe então vamos de carro - ele apontou para algo que claramente não é um carro.

Era um mini avião, tinha dois acentos e um pequeno volante em um dos lados e não tinha nada parecido com um teto ou com parapeitos, algo que nos seguraria caso fossemos cair.

- isso não é um carro, e não parece confiável.

- então vai andando, o problema é seu.

E assim foi feito.
Ele mostrou o caminho e eu fui a pé, não chegava nunca eu estava prestes a sentar e desistir quando ele apareceu com aquela coisa de novo.

- se você sentar, você vai se sujar e eu vou te estrangular - ele desceu do "carro" segurou minha mão - suba princesa.

Me dei por vencida e subi. Me arrependo? Não. Foi legal? Aquilo voava, é claro que foi. Era seguro? Nem um pouco.

- não se apegue, não vamos usá-lo com frequência - Tom falou debochando.

Após poucos minutos pude ver o castelo, era construído de pedras claras seu telhado amarelado e uma enorme árvore cobria ele, as flores e trepadeiras tomaram conta de decorar as grandes paredes e agora posse dizer que tinha fadas e elfos, lugar com magia. E pra concretizar meu conto de fadas, um elfo veio até nós.

- bem-vindo de volta Tom, e Lara é um prazer te conhecer - a jovem se curvou - meu nome é Nevin Sarper, líder dos guardas e braço direito de sua mãe.

- o prazer é meu.

- por favor sigam-me - fomos guiados, por corredores grandes bonitos com janelas enormes que tinham roseiras e outras flores entrando pelos quebrados delas.

- vossa majestade Tom e Lara estão aqui - Nevin anunciou.

Atrás de uma das portas douradas e rachadas, a via um salão amplo com um trono, e no chão formando um caminho o tapete bordado com flores mais belo que já vi.

- filha! - a mulher desceu do trono e correu até mim.

- oi, mãe?

- tenho tanto pra te falar, mas primeiro - ela fez um gesto estranho e os outros dois se aproximaram - Nevin você sabe o que fazer, e Tom eu quero um lindo vestido para minha filha.

- ela não gosta dos meus vestidos.

- faça um que mostre a ela que você é incrível e não vai ter como ela não gostar.

- se me permite dar uma opinião, eu não gosto de chamar atenção nem de cores claras nem coisinhas fofas - falei e minha mãe não gostou do que ouviu.

- a querida bobagem, faça um de primavera Tom.

- você não me conhece, praticamente me sequestrou me transformou em vampiro, chegou falando que é minha mãe e agora quer julgar até na minha roupa? - falei calma mas algo dentro de mim dói.

Todos se calaram, e Tom me encarou preocupado, e me repreendeu de forma silenciosa.

- faça como ela mandar - a mulher falou sem me olhar.

- princesa, venha preciso tirar suas medidas. - Tom sabe exatamente a hora certa de falar.

Ele saiu e logo saí atrás dele sem dizer sequer uma palavra. Foi um silêncio o caminho inteiro até chegar no quarto de Tom, onde tinha muitas máquinas de costura, linhas, e uma arara com vestidos e ternos entre outras roupas já prontas.

- você é igual seu pai - ele disse enquanto abria uma gaveta e me entregava um papel - justa, sem filtro, herdou até parte dos poderes dele, e é claro sempre é a princesa do papai.

Era a foto de um homem sério, com cabelos escuros e suas roupas seguiam com a mesma cor, com uma grande coroa em sua cabeça.

- Lucius Lucioni, o melhor rei que já tivemos, espero que quando você ficar no comando seja como ele - ele sorriu e me olhou - o sonho dele era você, nunca vi um pai amar tanto a filha como ele te amou.

- se ele me amou por quê me deixou?

- sua mãe o proibiu de te ver, ele nem sequer viu seu rosto. Você vai descobrir muitas coisas ainda.

- só gostaria de voltar para casa onde eu já sei de tudo, sinto medo de descobrir coisas novas.

Lágrimas se formaram em meus olhos.

- não chore eu estou aqui por você - Tom me envolveu em um abraço caloroso - após seu nascimento eu deixei você com os Napalan, e eu sempre estava mais perto do que você pensa.

- ninguém nunca foi me visitar - falei e comecei a chorar ainda mais por conta dos abandonos.

- para provar que eu estive do seu lado - ele aproximou os lábios da minha orelha e cochichou - você guarda o segredo de ter fugido com um humano algumas vezes, e a primeira fuga foi a cinco meses atrás.

Meu coração gelou, ele realmente esteve próximo, e por consequência sabe de mais.

- isso é segredo em

Ele passou a mão sobre a boca e "trancou" - prometo ninguém saberá de nada.

as manchas do passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora