capítulo 5 a procura da verdade

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Eu não quero mais esse lugar, estava ótimo ficar conversando com o Polus sobre coisas que só ele entendia, ou ajudar na horta junto com a Ingrid. Mas agora estou aqui descobrindo coisas que poderiam ficar no oculto.

- Bom dia Tomás - falo enquanto sigo meu caminho de volta pro quarto.

- você vai ficar doente assim, do quarto pra cozinha da cozinha pro quarto - ele falou simpático - por que não explora o castelo, só não vai na sala baixa, ok?

- certo - é claro que vou, só porque ele falou para não ir. Isso é errado mas quem se importa?

Conforme caminhava notava que ali era a parte feia de tudo, as paredes brancas estavam completamente sujas de poeira e manchas, alguns lugares estavam quebrados com troncos bloqueando uma parte da passagem, janelas totalmente quebradas, cacos e sujeira espalhada no chão. Realmente o pesadelo.

No fim do corredor tinha uma escadaria duvidosa, as escadas levavam a dois caminhos, um era ainda mais pra baixo e o outro ia para o uma porta. Pena que ambos os caminhos estavam quase tudo quebrado, mas quem teme não caminha, peguei o primeiro caminho descendo para um dos subsolos.

Era a pior parte, parecia com uma prisão, cheio de correntes e em alguns lugares tinha vestígios de sangue e alguns ossos empilhados.

O som de correntes mexendo me assustou, e um murmuro também ecoou pelo lugar.

- alguém aí?

Um dia ouvi em um filme " para ser feliz não pergunte o que não quer saber a resposta", e eu digo siga este conselho.

- olá? Alguém?

- perdida mocinha? - um homem falou de uma das selas - você não deveria estar aqui.

Eu sei...

Meu corpo travou quando vi ele com sua perna acorrentada, seu corpo a ponto de se deteriorar-se.

- moça? Não precisa temer - ele segurou a corrente - meio que eu estou preso não posso te fazer mal.

- por que está aqui?

- pergunta rude para se fazer - ele se sentou e voltou a falar - meu nome é Ruslan, e devo ter uma idade parecida com a sua.

- desculpe, meu nome é Lara.

- eu diria para ir embora, mas você parece legal - meu corpo não me obedece mais, eu só caí no chão e fiquei ouvindo ele falar - você parece estar em pânico, eu sei é complicado ficar aqui.

Ele tagarelava de mais pra quem aparentemente não come a dias. Com o tempo eu fiquei mais calma até comecei a rir de algumas barbaridades que ele contava.

- ei ninguém mais vem a esse lugar abandonado - ele falou mais como um questionamento do que eu estava fazendo ali.

- sei eu vim por curiosidade mesmo, a quanto tempo está aqui? E por que esta?

- você quer mesmo saber - ele se aproximou da grande e me olhou - se eu contar promete me ajudar?

- se você for inocente, que a justiça seja feita.

Ele sorriu e se afastou encarando o chão.

- fui preso no dia seguinte da morte de Marcus, todos acham que eu fui o culpado- ele olhou para meus olhos, jurei ver lágrimas escorrendo pelo rosto dele - eu juro que não fiz isso.

Seus olhos desesperados focaram no meu, um arrepio subiu pela minha espinha.

as manchas do passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora