- CAPÍTULO NOVE -

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LIBERDADE

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LIBERDADE

Thea se sentia afundar como se fosse uma pedra na beira do abismo, as águas densas, que pareciam um tanto lamacentas, como se tudo que era ruim fosse jogado em um só lugar não a permitia enxergar.

Ela sabia que qualquer pessoa na situação que ela estava agora a primeira coisa que sentiria ausência era o ar que não entrava pelos seus pulmões, mas tantas vezes em suas crises Thea teve esse como um inimigo que apertava a sua garganta com mãos fortes, que a garota demorou a perceber que não estava respirando, de modo que quando percebeu começou debater, levantando suas mãos para cima tentando alcançar uma corda invisível que ela insistia em puxar.

Segundos pareciam minutos e enquanto Thea lutava pela vida nas sombrias água do lago dos pesadelos rejeitados, Morpheus tentava pensar, não tendo sequer a consciência impertinente de Matthew para dar alguma tola ideia.
O corvo havia ido encontro de Lucienne e ainda não havia voltado.

Morpheus esperava que a bibliotecária tivesse alguma ideia de como tirar a garota do lago, mas quem ele queria enganar. Não havia jeito ! A garota era uma mera mortal, e se até os mais aventureiros e fortes de suas criaturas sucumbiam aos pesadelos do lago, Morpheus tinha certeza que Thea não resistiria por muito tempo.

Morpheus tinha muitas escolhas a fazer, ele já havia notado que Thea não se comportava como as criaturas de seu mundo, que o obedeciam com ciência de seus deveres. Thea pelo contrario sequer tinha ciência de seus deveres. Ela era um problema, um problema que o perpétuo poderia se livrar ali agora.

A decisão sensata era virar as costas, e foi isso que o perpétuo fez.

Com um olhar frio, olhou lago disposto em águas negras e com rapidez virou suas costas decidindo entregar a garota nas mãos de sua irmã, deixando tudo que Thea poderia ser em sua vida, nas águas sombrias do pesadelos dos perpétuos.

Porém como se uma força que ele não podia controlar saísse de si, quando Morpheus deu três passos, seu corpo guiado talvez pela loucura, se lançou contra o lago com a mesma intensidade que Thea afundava lentamente perdendo sua consciência.

Tudo ao seu redor parecia correr em uma velocidade lenta, de modo as braçadas que Morpheus dava nadando contra lago em algo que somente ele poderia fazer, para Thea pareciam como névoas, assim como seu rosto, que parecia um espelho paralisado no tempo para a garota que já havia desistido de sua respiração, quando Morpheus a pegou e a puxou para cima.

A tirando da lama, que se rendia para o senhor dos sonhos não ousando desafia-lo. Porém Morpheus sabia que aquilo não acabaria ali. Ele havia entrando nos pesadelos banidos e aprisionados de seu próprio mundo. Em uma prisão de lama e podridão que consumia e entrava como vermes na mente daqueles que ousava desafia-los, e por mais que Morpheus tivesse força para enfrentar as densas águas que se transformariam em pesadelos, Morpheus tinha certeza que Thea não teria a mesma sorte.

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