- CAPITULO DOIS -

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☆ ~ Queda ~ ☆

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☆ ~ Queda ~ ☆

Quando uma criança aprende a andar, ela grava em sua mente muitas vezes os passos da mãe, do pai... dos avós. Construindo lembranças que se ligam como pequenos tentáculos ao seu sistema sensorial, que diz imediatamente que você pode fazer aquilo, porque você construiu pequenas pontes de suas lembranças até seu sistema sensorial e isso não é mais impossível para você, e você finalmente consegue andar até seu cuidador.
Quando você tem Alzheimer e como se nessas pontes tivessem um terrível o mostro, o mais cruel, que progressivamente devorar todas suas lembranças até você acreditar que a mais simples atividade, como andar para os braços das pessoa que você ama, e impossível, porque você simplesmente não se lembra como que faz.

Thea teve dificuldades para andar, ela sempre foi criança medrosa. Sua mãe dizia que todas vezes que seu pé tocava no chão, ela os encolhiam como se o chão estivesse em larvas.
Ela se pergunta se foi tão difícil para sua mãe ajudar ela criar as pontes, como está sendo difícil para ela.

Se despedir de sua mãe, deixar tudo para trás, não estava sendo mais uma escolha. Ela havia passado em uma das melhores faculdades de medicina do mundo, e havia uma chance, uma chance mínima de estudar para ter respostas para doença de sua mãe. Thea se negava ver a mesma definhar na sua frente, sequer reconhecendo quem ela era. Não permitiria isso.

E por isso agora ela estava enfrentando um dos medos que era viajar de avião. Só céus sabia o quanto ela odiava isso. Está inerte sobre nada sem ninguém para segurá-la.

Poderia cair de uma nuvem qualquer diretamente para o fundo do mar, onde ninguém encontraria mais o seu corpo. E com seus pensamentos estando a mil pelo simples fato de esta em uma poltrona de avião, Thea resolver fechar seus olhos e esperar que efeito do remédio para dormi funcionasse, para ela somente pular nas nuvens de seus sonhos.

Então quase pegando no sono ela puxada por uma turbulência que faz seu assento vibrar, fazendo logo sua ansiedade atingir seu peito de forma cruel. De repente as aeromoças começam a andar para todos os lados falando algo entre si, e isso não melhorou muito sua situação.
Thea sabia que havia alguma coisa errada, talvez fosse apenas sua ansiedade que levantava o seu peito implicando com sua mente, mas ela sentia que qualquer momento iria cair de cima de uma nuvem.

E só uma turbulência ! E só uma turbulência

Thea repete várias vezes em sua mente, sentindo em sou coração ir em seu peito.
Coração que desceu para boca de seu estômago quando o avião deu um arranco no ar e pareceu perder o controle, fazendo uma máscara cair na frente de seu rosto. Thea não teve reação, ela só conseguiu gritar.

Era assim que ela iria morrer, na queda de avião ? Mas especificamente no fundo do mar onde seu corpo jamais seria achado para alguém lembrar de sua existência.

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