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HOPE CARTER
Não foi exatamente fácil andar pela calçada com Hossler me puxando e o fluxo gigantesco de pessoas passando.
— jaden, mais devagar! — eu falei alto para que ele me escutasse.
Aparentemente funcionou, ele se posicionou ao meu lado e não soltou minha mão. Eu meio que gostei.
— Para onde vamos? — perguntei colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
— Almoçar.
Não questionei, não teria como depois de toda aquela emoção no elevador. Não fomos no carro dele para lugar nenhum, ele nem mesmo fez menção de pegar chave então presumi que era perto o restaurante. Meus saltos sofreram um pouco e eu achei estranhamente fofo quando paramos na frente de um bar retrô.
— Tudo bem por você almoçarmos aqui? — ele me olhou ansioso.
— Claro.
Eu senti sua mão apertar a minha com mais força. Pedimos lasanha e dois copos gigantescos de Pepsi.
— Quem eram aqueles? — Finn falou movimentando a cabeça na direção do meu escritório.
— Aidan é um colega de trabalho que vive dando em cima de mim, Thomas é um cliente abu... — eu parei de falar e olhei incrédula para ele. — Quem deveria estar explicando coisas aqui, era você.
— Eu sei, só estou arrumando tempo e me preparando. — eu ergui uma sobrancelha, ele acenou para uma garçonete. — Traga uma Cerveja, por favor.
Ele suspirou. Olhou para a cerveja, para nossas mãos, para mim e repetiu o processo algumas vezes. Ele estava preocupado, angustiado e ansioso.
— Você pode me contar qualquer coisa, Jaden. — eu apertei a mão dele.
Ele suspirou. Olhou para a cerveja, para nossas mãos, para mim e repetiu o processo algumas vezes. Ele estava preocupado, angustiado e ansioso.
— Sou casado.
Meus dedos que antes apertavam os seus tão firmemente, soltaram. Eu não conseguia focalizar ele, mesmo estando na minha frente. Sua expressão entristeceu assistindo eu recolher minha mão.
— Não é assim, não é o que você está pensando. — ele finalmente retomou a fala. — Sabrina não era minha amante, bem, tecnicamente falando, sim, claro, mas... o que eu quero dizer é que eu não pediria para fazê-lo.
Eu franzi a testa e olhei para cima quando posicionaram a lasanha na minha frente. Meu garfo ficou cutucando a massa.
Eu não aceitaria ser amante de ninguém, mas me doía ver que ele quis mais Sabrina e ao seu lado do que eu.
