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cooper sempre fora impulsivo. Louco por muitas coisas, tinha uma queda por loiras... ainda assim, quando fechava seus olhos e pensava com quem gostaria de passar o dia uma cabeleira morena aparecia.
A taça dele estava cheia de vinho, a casa da amiga de Sabrina também parecia cheia, de queijo, pães e vinho. Bons advogados elitistas, sempre perfeitos em ternos. Alguns pareciam querer correr apesar de estarem numa casa cheia de semelhantes.
Então os olhos castanhos de noriega pousaram na morena, a cabeleira vívida que ocupava seus pensamentos. Sabrina namorava, um neurocirurgião bem apessoado e definitivamente rico mas cooper preferia pensar que Sabrina não era assim.
Havia semanas que trocavam mensagens e ás vezes ele se atrevia a ligar para ela. Mas Sabrina namorava. E ele não queria ficar parado aquela noite.
Uma morena, na parede oposta a sua, bebericava o próprio vinho e olhava para ele. Não demorou, tomaram três taças cheias e gargalharam. Cooper agarrou os dedos frios dela e ela se encaminhou até a escada, dirigiu novamente seu olhar a sala. Sabrina. Olhou para a morena de nome desconhecido.
Era hora de arrumar diversão.
Era claro que Sabrina notara que cooper havia subido, ela estava consciente de cada movimento que o moreno fazia. Mesmo assim seu olhar escureceu quando encontrou a morena de seu trabalho, Dalilah, subindo as escadas com Cooper. Já não bastava Hope, modelo aclamada, ele tinha de ficar com aquela mulher linda e sedutora.
A morena desviou o foco novamente para seu parceiro de conversa, Lucas falava que seu primo estava nas ilhas Maldivas, Sabrina não poderia se importar menos. Ela e seu, agora, ex-namorado haviam terminado naquela mesma noite. Ela notara como Jaden ficava avoado perto de Hope, quase fora do ar, e eles concordaram que continuariam conversando. Sabrina estava abrindo caminho, não sabia para que ou quem, mas sabia que não podia ficar com um cara que estava afim de sua melhor amiga. Mas Cooper também estava nessa categoria e mesmo assim ela sentia que abriria uma exceção para ele.
Lucas enrugou a testa e perguntou se ela estava bem, ela respondera que não, que precisava ir ao banheiro e logo voltaria. Seu colega concordou e a deixou ir sem dar muita atenção. Sua taça de vinho tinto ficou esquecida em sua mão cheia de anéis. Jaden havia subido e Sabrina viu Hope ir atrás minutos depois, como se não pudesse se separar. Do mesmo modo que Sabrina fazia com Cooper naquele momento.
Eu vou apenas ao banheiro, nada de olhar seja lá o que esteja acontecendo.
Maior mentira de sua vida, sequer se dirigira ao banheiro, seus dedos enroscaram na maçaneta de uma das portas. Se não fosse aquela, ela voltaria para o térreo beberia vinho até cair e iria choramingar no colo de Jaden.
Se seus dedos forçassem aquela maçaneta, ela encontraria Hope e Jaden, estragaria tudo para todos. Mas ela não sabia!
Um pressentimento a fez encarar a porta à direita, encarou a madeira branca por uns bons dez segundo e decidiu que seria aquela. Abriu-a rapidamente e fez um som estrangulado quando viu Dalilah e Cooper sem blusa.
Cooper engasgou e olhou para ela. Pararam.
- Droga, Cooper. - Sabrina choramingou e ia voltar para o corredor.
Ele disse para a mulher dar uma licença para eles, ela saiu com a cabeça baixa. Cooper puxou o braço da Morena de volta para o quarto, bateu a porta.
- que você está fazendo aqui? - ele passou a blusa pela cabeça.
- O que eu estou fazendo aqui?! - Sabrina falara agoniada. Tenha certeza de que não vim ver você e ela se agarrando!
-Então o que está fazendo?! - ele se mais aproximou dela.
A luz do luar e do poste da rua iluminaram a feição de ambos, Cooper sedento pela verdade e Sabrina se corroendo de ciúmes. Os braços dela estavam cruzados sob seu busto avantajado mas Cooper sequer notara, o cinto dourado dela cintilava mais e afinava sua cintura, a mema que o moreno já passara os olhos dezenas de vezes, mas não daquela vez.
Ele encarava os olhos castanhos dela, o rosto delicado. Encarava a realidade de quanto a queria.
- Você não está aqui por mim?
- Por favor, cooper, apenas conversamos. - ela falou com um desprezo palpável, a determinação dele murchou um pouco.
- Mas você está aqui, estava me procurando.. falava baixo. - Procurando por mim.
-Talvez... o rosto dele mudou de antecipação. - mas você obviamente não estava tão preocupado assim.
- Você está com seu namorado aí, esfregando-o na cara de todos! - ele apontou exasperado apontando para a porta.
- Não seja idiota! - Sabrina gritou de volta.
- Você está se enganando! Se convencendo que ele é certo para você!- cooper gritou, se aproximando, seus narizes se tocando.
- E eu devo ir para quem? Você?! — a morena olhou para os incríveis olhos castanhos dele.
- Sim!
A tensão perdurou. Os dedos de ambos formigavam, queriam tocar-se, sentir-se em casa depois de conversarem tanto.
- Eu quero você. Mais do esse idiota, que você chama de namorado, poderia sequer sonhar. Quero que você me queira, quero que me conte sobre seus casos ao telefone como temos feito no último mês.- ele suspirou e olhou a camisa de cetim azul dela. Quero que você me deixe beijar e quero poder pensar em você sem me sentir culpado por estar namorando. Quero que fique comigo, que me escolha.
Sabrina engasgou, seus dedos correram das jaulas que ela impusera e correram para o rosto dele. Colocou uma mão sobre o tórax musculoso dele, que foi coberta pela mão dele.
Dedos quentes.
- Quero você, cooper. Mas você sempre aparece com três outras.
- Porque não tenho você!
A expressão sofrida foi demais para Sabrina, se colocara nas pontas dos pés e colocou o rosto bonito dele entre suas mãos.
O beijo foi leve, encostaram os lábios e ambos suspiraram. Pareciam guardar estas reservas há sete anos. Ele a agarrou e se separaram.
- Mas e ele?- cooper perguntou ainda enevoado.
- Terminamos. Só pensava em você.
Ele fez que sim de leve com a cabeça. A puxou de volta. Pegaram um táxi, pegaram as chaves ás pressas. Os lençóis voaram, os travesseiros se foram e eles sorriram.
