*Tom estava mais atraente com os dois botões da camisa social preta abertos e os cachinhos caindo sobre a testa. Não nego que fico parecendo uma adolescente apaixonada quando terminamos uma festa e no fim da noite ele fica assim. Só esperei tempo suficiente para esconder o sorriso que queria saltar de mim quando seus olhos me chamaram no fundo da sala.
Ele queria que eu o seguisse.
Não demorei muito para encontrá-lo após o imprevisto que tive. Paddy, seu irmão mais novo, queria me apresentar seu amigo do bairro. Segundo ele, seu amigo disse que me pediria em casamento quando eu ficasse solteira.
Ganhei um cupcake de chocolate recheado e lhe marquei a bochecha num beijo estalado deixando resquícios do meu batom vermelho antes de subir as escadas.
O som dos meus saltos na madeira ecoava pelo corredor. Tom estava escorado na mesinha de canto do seu quarto de infância.
Tranquei a porta.
A sensação nunca muda. Londres parecia ser cúmplice do nosso relacionamento; tinha a sensação de que tudo poderia acontecer aqui.
Realmente eu pareço estar certa.
Tinha um gosto amargo, forte. Assim que fez um gesto singelo balancei minimamente a cabeça e quando estiquei o braço, os dedos dele traçaram por meu pulso onde segundos depois estava sendo tocado pelos lábios macios e gelados.
Fiquei desconfiada por pelo menos metade da noite ontem. O que fez Tom ir para o topo da minha lista – não tão grande – de caras que me atraíram apenas por me tratar normal e não como um objeto sexual. Principalmente em um lugar como aquele que estávamos, ele não tocou em mim. Não de forma maliciosa.
Estava me dando atenção e sempre me trazendo a sensação de que só existia inocência no ambiente.
Inocência ali dentro era logo retirada quando você colocasse os pés na porta. Todos entravam à procura de algo que nem o mais sábio poderia suspeitar, naquele lugar davam a liberdade para praticar o que determinados indivíduos declaram ser pecado.
No entanto, assistir o que três pessoas são capazes de fazer para aliviar seus desejos mais sujos foi curioso e surpreendente. Ficamos no camarote, eu parecia sonhar, não prestava atenção no que acontecia à minha frente.
Ele me puxava, me levava para seus pensamentos, igual está fazendo no momento.
— Mais? — Pergunta, Tom está abaixado para ficar na mesma altura em que estou. Precisei me sentar.
Minha garganta queima, óbvio que experimentei uma ou duas vezes bebida alcoólica, mas eram daqueles suaves que você nem percebe o quão bêbado vai ficar.
— Não gostei muito.
— Prefere continuar com o vinho?
A voz rouca e baixa desliza por minhas pernas expostas, estou arrepiada.
— Prefiro ficar observando você beber.
Eu estava querendo que ele me beijasse, nem se fosse apenas um selinho. Parece que estamos nos castigando sem motivo aparente e talvez o álcool o faça mudar de ideia já que a minha ficou para trás.
Tom assentiu, passando os dedos pelo tecido do meu vestido preto levando o copo com whisky para a boca bebendo de uma vez. O pouco que escapou de sua boca indo para o queixo foi o motivo para deixar o ar sair de mim com dificuldade.
Ele sorriu.
— Devíamos ir pra casa. — Disse.
— Devíamos?
Cruzei as pernas, meu vestido subiu o suficiente para ele ficar em alerta; Tom talvez tenha gostado disso.
— Não faz isso novamente.
— Estou quieta.
Ele ficou parado assim que deixou o copo sobre a mesa de canto, a música na parte de trás da casa estava alta, mas dava para escutar passos pelo corredor. Prendi a respiração, me questionei se devia ou não fazer algo, parecia o momento certo para comentar sobre ontem e como eu queria ter ficado em uma daquelas camas com ele.
Num segundo eu já respirava de novo para dizer:
— Elisa é muito bonita, não acha?
A voz dele ontem entrando nos meus ouvidos como um chamado. Ele narrando o que acontecia entre ela e dois homens me fazia sentir nas mãos, no corpo; me fazia suar. Foi a cereja do bolo para mim mesmo que estivesse assistindo; ouvir alguém descrever com intensidade coisas desse tipo faz o coração acelerar.
— Eu deixaria você ir para a cama com ela se eu também pudesse. — Sugiro.
Sorrimos.
— Você ia ficar com raiva depois.
Balanço a cabeça minimamente.
— Talvez.
— Gostou do que viu?
Assenti. Claro que gostei.
Ele já se encontrava na minha frente pronto para segurar minha nuca me fazendo fixar os olhos em si. Sempre gostei tanto disso.
— Me beija.
— Não.
— Por?
— Quero fazer em casa.
— Então vamos.
Beijei seu quadril coberto.
Ele segurou mais forte minha nuca.
Mordi meu lábio divertida.— Agora você quer ir, Daya?
— Sim.
— Não.
— Para com isso, Thomas.
Ele nega.
— Antes tenho um presente pra você. É pra usar mais tarde.
Ergo as sobrancelhas.
— Pega, está no meu bolso esquerdo. — Sussurra.
Meus dedos buscando pelo bolso da calça social, estava ansiosa. Retirei o que parecia ser uma bolinha, cor roxa e com um espaço oval no meio.
— Posso controlar pelo celular enquanto você coloca essa parte encaixada aqui. — Tom disse deslizando o dedo pelo espaço da bolinha e, em seguida, deixando ir para debaixo do meu vestido pressionando meu clitóris pela calcinha de renda. — Certeza que vai ser muito bom.
— Vai me assistir?
Ele beija meu queixo e depois minha boca.
— Essa é a intenção, darling.
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Imagines tomdaya
Fanfiction"- Constelação? - Murmurei pela proximidade. Ela sorriu - Quer que seja uma? - Me olha sugestiva. Balanço a cabeça. - Imagina, - continua - lá poderia encontrar a paz do mundo. - E se não for assim? - Te dou uma chance de fazer ser." * Te convido pa...