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Quando descemos do avião, seguimos para o estacionamento onde tinha deixado meu carro.

Era sábado e o restaurante sobreviveria sem mim por algumas horas. Por isso, decido aproveitar o restante da manhã e tarde com meus filhos e só depois, iria trabalhar.

Quando chego em casa, um sorriso se abre em meu rosto ao ver Sofia caminhando até a sala com seu pijama. Não era tão tarde e eu sempre deixava ela dormir um pouco mais aos fins de semana.

Ela ergue os braços pra cima enquanto boceja e isso me faz sorrir.

Eu amava minha menina.

-Amor? - chamo sua atenção e no mesmo instante ela abre os olhos e me dá um sorriso lindo correndo até meus braços.

-Pai! - ela me abraça forte.

-Como está? - pergunto a ela e lhe beijo a cabeça - Desculpa não ter te buscado ontem, mas tive um imprevisto. - acaricio sua bochecha.

-O que aconteceu? Aquela mulher não me disse nada. - ela diz se referindo a Alessia.

-Ela não disse porque não sabia de nada. Mas tenho novidades.

-O que? - ela me aguarda esperançosa.

Eu tinha noção do afastamento dos meus filhos e isso me deixava mal. Essa era a hora deles ficarem próximos e se apoiarem. Um precisava do outro, como eu precisava deles.

Saio da frente da porta e Samuel aparece acanhado com sua mochila mas costas.

Ele tinha a cabeça baixa e parecia sem jeito em ver a irmã depois do que disse a ela.

-San? - ela me olha e logo volta a olhar para o irmão.

-Oi. - ele diz baixo envergonhado.

Samuel desvia o olhar para o chão e vejo minha filha também acanhada.

O clima não estava muito bom para ambos os lados. E isso era desde o dia do ocorrido na casa de Camila. Mas eles precisavam se resolver então, deixo os dois sozinhos por um momento vendo que eles precisavam disso, e após fechar a porta de entrada, sigo até meu quarto.

Levo também a mochila do meu menino até o quarto que estava preparado pra ele. Eu fiz uma reforma nesse mês que se passou e ele ainda não viu mas, espero que ele goste.

Após entrar no quarto, olho em volta para ver se estava tudo certo para ele usar. Após ajeitar uma foto onde estava eu, ele e Sofia abraçados com sorrisos largos, saio do seu quarto e vou até o meu.

Na próxima meia hora em meu escritório, uso para conseguir o telefone e falar com Sinu. Assim que ela atende, conto a ela sobre os últimos acontecimentos.

Ela chora no telefone e diz que iria voltar imediatamente para sua casa e ficaria de olho na sua filha. Disse a ela sobre minha ideia de pedir a guarda do meu filho.

Ela ficou tensa com medo de tirar o menino delas, mas entendeu que queria o melhor pra ele. Pelo menos nesse momento.

E outra, eu nunca seria capaz de afastar mãe e filho.

Decidi esperar para entrar em contato com meu advogado para resolver a papelada da guarda. Isso por pedido dela. E eu respeitei.

Ela como eu, queria o melhor para o neto. E decidimos que Samuel não merecia ver a mãe no estado que ela estava, então ele permaneceria comigo por tempo indeterminado.

Eu E Você Contra O Mundo [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora