Capítulo 5

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Depois da reunião que terminou de madrugada todos estavam seguindo para casa, Venice e Rain seguiam no mesmo carro com Pete e Vegas, Gun seguia logo atrás com Macau e Porschay. Eles estavam preocupados e cansados, no carro da frente o silêncio reinava, já que os irmãos Phongsakorn dormiam tranquilamente, no segundo carro Macau e Porschay tentavam encontrar um meio de conversar com o Gun.

- Digam logo o que querem, eu consigo ver vocês dois cochichando.

- Pai o senhor é muito perceptivo.

- Ossos do ofício. Mas vocês sabem que eu estou sempre disposto a ouvir vocês, não entendo do que estão com medo.

- Não sei se o senhor vai gostar. E não parece o momento adequado para isso também. Eu e o Chay conversamos sobre o assunto, nos conhecemos há anos e mesmo que não estejamos juntos a muito tempo, nós nos amamos e não temos intenção de nos separar. Atualmente ficamos indo e vindo da nossa casa, para casa do tio Korn. Queríamos saber se o Chay poderia morar em nossa casa.

- Se é o que vocês querem e os pais dele permitirem, por mim tudo bem. Só lembrem-se de usar camisinha e lubrificante, não quero ouvir sermões caso o Chay não possa andar ou vocês peguem algo.

- Pai!!!

- Tio!!!

A risada de Gun ecoava pelo carro, enquanto os dois jovens coravam de vergonha. Assim que pararam o carro em casa puderam observar Vegas carregando Pete para o quarto e Venice carregando o Rain.

- Me parece que nossa família cresceu.

- Achei que apenas eu e Macau tínhamos reparado nisso, os olhos do P' Vegas para o P' Pete entregam completamente os sentimentos dele.

- E parece que Venice e Rain também estão desenvolvendo sentimentos um pelo outro.

- Pois é meninos, vamos assistir isso e esperar, Venice e Vegas são os mais difíceis de entregar o coração a alguém, se eles entregaram aos Phongsakorn, significa que não vão voltar atrás.

Os três observaram um pouco mais até os outros sumirem de vista e depois seguiram para seus quartos. O café da manhã foi tardio, no horário que deveria ser o almoço. Rain observou Vegas chegar sozinho, o mais velho entendeu o olhar do jovem "cunhado".

- Deixei seu irmão dormindo, ele parecia exausto ontem. Foi uma semana longa para todos nós, principalmente para vocês dois que estão se adaptando a estar longe de casa.

- Não está sendo tão difícil, P' Vegas. Todos têm sido muito gentis conosco e P' Venice me acompanha em todos os lugares, tem sido um bom veterano e amigo. Aproveitando que meu irmão não está por perto, ele te disse que o aniversário dele é no sábado?

- Não.

- Imaginei. Não é uma data que ele goste de comemorar desde que nossa mãe faleceu, nenhum de nós gosta na verdade. Então não trocamos presentes, apenas um jantar com um bolo no final e o desejo de um bom ano.

- Eu soube o que houve com a sua mãe e isso me fez entender porque o pai de vocês os deixou longe das vistas de todos depois disso. Também não foi fácil quando a mãe dos meninos faleceu, tentamos levar, mas a dor não diminui com o tempo. - Gun observou o olhar dos filhos sobre ele, provavelmente querendo saber o que houve com a senhora Phongsakorn. Seus olhos recaíram sobre Rain que acenou para que ele contasse. - Vocês eram crianças, haviam perdido a mãe de vocês a pouco tempo e talvez não lembrem de ver Pete e Rain passando alguns dias conosco. Tong sempre manteve laços de amizade conosco, então nós estávamos lá por ele, assim como ele esteve aqui por nós. Ele havia começado a empresa a poucos anos e começava a ter visibilidade, já éramos seus clientes, sempre fomos. Um dos clientes não lidou bem quando Tong disse que não colocaria os seus em risco para que ele pudesse fazer coisas fora da lei, eu sei que nós fazemos o mesmo, mas esse cliente estava em um patamar diferente se envolvendo com coisas perigosas e mortais demais. Tong cancelou o contrato e trouxe seus homens de volta, mas outra empresa assumiu o seu lugar, uma que não tinha problemas em fazer tudo e qualquer coisa por dinheiro. Em um ato de vingança o cliente mandou esses seguranças abomináveis irem atrás do que era precioso a Tong, sua família. Mas Mia era tão bem treinada quanto seus filhos são hoje e os protegeu, porém ela morreu ao fazer isso. Os meninos ficaram uns dias conosco, desde então Tong manteve os dois longe dos olhos de seus clientes. Deve ser difícil comemorar mais um ano de vida, sabendo o que foi feito para isso acontecer, mas eu como pai imagino que a mãe de vocês iria querer que comemorassem e fossem felizes, me lembro de que ela amava festas e deve ser por essa razão que é ainda mais difícil seguir em frente, mesmo após 18 anos.

TheerapanyakulOnde histórias criam vida. Descubra agora