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— Zoe, onde está Finney? Que saco, aquele pateta tá demorando pra caralho. — Gwen reclama no balanço.

— não fale esse tipo de palavra, Gwen! — repreendo ela. Suspiro. — eu não sei onde ele está.

Respiro fundo e olho para o céu. A quanto tempo ele havia saído? Eu e Gwen já mudamos de assunto umas 20 vezes e ele ainda não apareceu. Onde caralhos ele se meteu.

Olho para Gwen.

— talvez ele tenha se perdido? — digo. — ah nao, esquece, é uma hipótese burra.

Gwen assenti.

— deveríamos ir atrás dele, não?

— deveríamos ter feito isso a 15 minutos atrás. — me levanto do balanço. — vem, vamos lá.

Peguei na mão dela e então começamos a andar na mesma direção que Finney havia andado.

— você me lembra a minha irmã as vezes. — Gwen diz de repente.

— a Felice? — pergunto.

— sim. Ela também costumava pegar na minha mão assim, para todo lugar e em qualquer hora. — ela diz. Sua voz soava meio triste.

— logo ela vai segurar de novo. — digo sorrindo pra ela. Ela me manda um sorriso enorme de volta.

— bom, é claro que vai. — ela sorri. Continuamos nosso caminho em silêncio.

Uns dois minutos depois já estávamos lá, exatamente no lugar onde o carro de sorvetes estava parado. Mas Finney não estava em lugar nenhum. Apenas outras crianças com seus sorvetes.

Olho ao redor, esperando que ele aparecesse e nos desse um susto ou qualquer coisa, mas nada. Nenhum sinal de Finney.

Eu e Gwen andamos até o cara que estava dentro do carrinho de sorvetes, e ele sorri para nós.

— Olá, posso ajudar as irmãzinhas? — ele pergunta gentil. Ele não tinha mais que 20 anos.

Sorrio para ele.

— na verdade não somos irmãs, mas tudo bem. O senhor por acaso viu um garoto de cabelos enrolados por aqui? — pergunto, mas ele parece estar distraído com algo.

— "senhor"? Quantos anos de diferença nós temos? 3? — ele diz sarcástico.

— provavelmente bem mais do que isso. — digo seca. eu estava ali por apenas UM motivo, não tinha tempo para bobagens. — você viu ou não um garoto de cabelo enrolado por aqui?

Ele dá uma jogadinha de cabelo.
Ah meu deus, só pode ser zoação.

Sinto Gwen apertar minha mão.

— olha, eu não sei. Fiquei cheio de crianças aqui. Não lembro de nenhuma. — ele diz, me olhando de um jeito estranho.

— blz então. — digo cortante, logo dando as costas para ele e puxando Gwen para vir comigo.

Onde já se viu uma coisa dessas. O que esse babaca tem na mente? Ele tem idade pra ser meu irmão mais velho ou sei lá.

— ei! — ouço a voz dele de novo, mas ignoro e continuo andando. — talvez eu tenha visto sim.

Paro de andar e me viro para ele. Ele está com um sorriso no rosto, esperando que eu volte. Reviro os olhos.

— fique aqui, Gwen. Esse cara é um saco. — digo.

— tudo bem, vai lá.

Ando de volta para ele, respirando fundo. Esse cara é mesmo um atoa do caralho.

— eae, você viu ou não? — pergunto.

— não sei, eu vi? — ele se faz de sonso.

— seu porra, você viu ou não? Vai ficar de fogo no cu mesmo? — digo. Esse cara tava me enchendo a paciência.

— calma ae! — ele diz sorrindo. — eu vi sim. Um baixinho, cabelinho claro, enrolado e com uma camisa de manga azul marinho?

— exatamente. Pra onde ele foi?

— não sei, não dou informação de graça. — ele passa a língua nos lábios.

Que inferno é esse que eu tô vendo aqui?? Pela o amor de Deus, tá de brincadeira.

Olho para ele confusa e tiro uma nota de 20 do bolso. Ele nega com a cabeça.

— não aceito isso. — ele diz sorrindo.

— aceita o que então? — pergunto impaciente. Eu precisava saber pra onde Finney tinha ido.

— venha aqui e me mostre o que sua boca sabe fazer. — ele sorri e me olha de um jeito estranho. Sinto meus ossos mexerem.

Respiro fundo e olho bem no fundo dos olhos dele.

— se eu for aí eu vou arrancar o seu pau fora, seu nojento. Você é um ridículo nojento do caralho. Esse seu sorrisinho não tá com nada, seu merda. Eu juro que arrancaria cada dente dessa sua boca de sapo antanha, mas eu preciso achar meu namorado. E vá se fuder! — digo irritada, mostrando o dedo do meio pra ele e dando meia volta. Ele ficou me olhando com os olhos arregalados. Imbecil.

"Meu namorado". Aí porra, o que eu tô falando.

Assim que cheguei perto da Gwen abri um sorriso.

— ele não sabe para onde Finney foi, querida. — digo gentil e tranquila, passando a mal em seus cabelos.

— eu sei que você xingou até a 3° geração da família dele, Zoe. Pode ficar tranquila. — ela diz.

— não consegui disfarçar? — ela nega com a cabeça. — argh, bom, vamos atrás do seu irmão. Talvez ele tenha ido pra a casa, ou sei lá.


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Me desculpem pelo sumiço. Eu estava morrendo de preguiça e sem criatividade 🤙

with you - Finney Blake Onde histórias criam vida. Descubra agora