2. Serviço para Mulher

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 A vila Mifan era como qualquer vila comum que você encontraria em um livro para jovens adultas

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A vila Mifan era como qualquer vila comum que você encontraria em um livro para jovens adultas. Haviam pessoas pelas ruas, algumas vendendo arroz em sacos enormes, outras preparando comida em pequenas barracas. Senhoras iam de um lado a outro com trouxas de roupas. Crianças corriam alegremente pela estrada, rindo sem parar. Qin Fen andou por entre as pessoas, sem saber ao certo onde queria ir. Provavelmente teria que cruzar a vila inteira até que um aviso do sistema declarasse qual casa era a sua. As senhoras cumprimentavam ela enquanto passava. A jovem ria nervosamente de volta. Em sua cabeça, agradecia aos céus pela função tradução simultânea já estar desbloqueada.

Uma moça invadiu sua trilha. Segurava com os braços uma cesta com várias frutas de tipos diferentes. Vestia um traje similar ao de Qin Fen, com a diferença de ser azul-turquesa. Tinha um ar brincalhão e infantil. Além daquilo, nada diferenciava muito ela das outras jovens damas da vila. Parecia que o pessoal que fez a modelagem dos personagens não estava muito inspirado no dia:

-Qin Fen! -Ela exclamou. Joanne deu um passo para trás, surpresa pela chegada repentina.

-Eu?

-Claro que é você! Ninguém da vila além de você tem esse nome. Ou vai dizer que magicamente você virou outra pessoa?

Qin Fen deu um sorriso amarelo. Desviou para o lado e continuou a andar pela vila, seguida de perto pela jovem moça. Ela tagarelava sobre várias pessoas, contando tantas fofocas que poderiam preencher um livro inteiro. Infelizmente para ela, o fato de não conhecer nenhuma das pessoas significava ter que ouvir horas de um monólogo inútil. Perguntou para o sistema se poderia acessar algum arquivo de informações sobre os moradores da vila. A voz irritante repetiu o pedido para que concluísse as missões secundárias. Qin Fen emitiu uma nota mental para conferir as missões mais tarde.

Elas chegaram ao final do vilarejo. Poucas casinhas apareciam pela estrada. Cruzaram a soleira de uma casa tão destruída que era difícil pensar como alguém poderia viver ali. Havia vários pontos onde a madeira e o papel que formavam as paredes estavam rasgados ou corroídos pelos cupins. O telhado tinha um enorme buraco bem no meio da casa e o lago ao lado, que poderia ser uma linda decoração, estava tão sujo que Joanne tinha certeza que se alguém caísse no lago, nunca mais conseguiria voltar de lá. Qin Fen rezou silenciosamente para que ela não morasse por ali:

-Qinqin, onde você está indo? Pensei que fosse direto para casa descansar para amanhã.

"É claro, não tinha outra. A protagonista que sofreu a vida toda para ganhar um final feliz.", pensou ela. Deu meia volta e encarou a porta. Tinha medo de que se a abrisse, tombasse e levasse embora a pouca segurança que ela ainda tinha. No fim, deslizou a madeira para o lado, revelando o interior da casa.

Era exatamente como Qin Fen imaginava: Uma mesinha de madeira na primeira sala, com um pratinho de latão para o incenso, uma mesa um pouco maior para as refeições na segunda sala, junto com um fogão de boca única feito de pedra e ferro fundido. No último quarto, um pedaço de tecido pousava no chão, de frente a um pequeno armário, onde devia guardar as roupas que Qin Fen usava. O buraco no teto era em cima da cozinha, então ela não precisava se preocupar em acordar ensopada pela chuva. Por outro lado, o estado atual da casa a fazia pensar que o restante do telhado também poderia vir a baixo a qualquer momento. Ela precisaria trabalhar de forma rápida. Joanne criou mais uma nota mental.

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