Capítulo 5

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Ellen estava em seu ateliê pintando algumas encomendas e fazendo personalizados para uma festa de um cliente, canecas de porcelana pintada a mão. Nossa havia ficado lindas! Ela tinha esse talento, seu marido falaria que era um dom dela ele estava certo obviamente era um dom!

Quando um cliente chegou para buscar a encomenda a loira ficou super feliz em vê-lo satisfeito com o produto que ela mesmo havia criado. A Ellen do passado não imaginava como ela estava agora, casada com um cara que amava, filhos que a amavam e o melhor de tudo estava em fases para superar seu trauma.

-Ei! - Disse ela gentilmente para o seu marido.

-Oi gatinha.

-Se Melinda souber que você usa esse apelido comigo ela própria se tira do testamento. - Zombou, Patrick gargalhou.

Realmente ela tinha ciúmes do apelido dela, por isso cada mulher de Patrick tinha o seu próprio apelido, sem contar com o apelido do filho também.

-Como o meu marido está? - Sorriu fofa.

-Cansado. - Seus olhos bateram no decote dela. - Preciso cansar a senhorita para você descansar contigo.

-Safado, sossega o facho garoto. - Resmungou.

-Eu amo vê você envergonhada. - Seus olhos brilhavam em apenas falar com ela.

Ellen ia falar com o cara através do celular mas a campainha tocou.

-Espera aí. - Deixou o celular apoiado em uma tela que nem tinha sido pintada ainda.

Quando ela foi até a porta não tinha ninguém olhou para os dois lados e se deu conta que tinha um ursinho de pelúcia e uns chocolates dentro de uma cesta, sorriu aquilo só podia ser coisa de Patrick.

-Foi você né? - Mostrou a cesta, seu sorriso estava de canto a canto.

-Não, minha vida. - Falou.

Ela encarou ele.

-Tá falando sério minha vida?

-Aham. Não foi eu, sabe que quando eu faço surpresas eu sempre dou o meu melhor. - Resmungou enciumado por conta do presente dela.

-Deve ser de algum cliente então agradecendo. - Deu de ombros.

Patrick olhou curioso para o que ela estava desembrulhando. Como um bom policial e sendo bastante observador viu uma sigla muito parecida com as da bala que acertaram Jillian no passado. Sentiu uma sensação estranha em só pensar em sua teoria, rezava para isso não ser de acordo com as suas teorias.

Ellen pegou um pedaço do chocolate e colocou na boca.

-Mulher! Tá maluca? - Disse de uma vez preocupado.

-Por que ué? Quer? - Ofereceu. - Nossa é recreio de morango o meu preferido!

Patrick ficou receoso com ela comendo chocolates sem nem saber de quem era, não iria negar havia pensado um bocado de merda na cabeça, se aquilo estivesse com veneno ou com alguma coisa que pudesse fazer mal e ela, tá ele estava surtando né?

-Minha vida não fica comendo coisa que você não sabe de quem é. - Falou com a loira.

-Tá bom, mas eu posso ficar com o ursinho né?

Era um ursinho indefeso então.

-Não faz mal, então. - Deu de ombros. - Mulher vou te levar para um jantar. Hoje. - Sorriu.

Ellen sentiu seu coração saltar e ficou feliz da vida com coisas bestas como essa.

-Vamos comer em casa mesmo, melhor não? A gente faz a nossa própria comida. - Mandou um beijinho.

Romance dos sonhos - DempeoOnde histórias criam vida. Descubra agora