Capítulo 30

123 18 12
                                    

O frio que no quarto do hotel em que eles estavam hospedados era impossível de esclarecer, a loira estava entre as cobertas e Patrick ficava fazendo carinho nela e tentando convencê-la a fazer algo.

-Estou com saudades das meninas e do Liam. - Ellen sussurrou sentindo o marido beijar seu pescoço.

Estavam no último dia da viagem, iriam voltar no dia seguinte para casa.

-Também estou minha vida, mas... Vamos aproveitar. - A olhou nos olhos verdes dela e deu um sorriso, encarou os lábios dela depositando um beijo ali.

-Como a gente faz isso em casa?

-Isso o que? - Beijou ela de novo.

-Como que ficamos assim se namorando? - Passou a mão no braço musculoso dele.

Patrick riu. Eles não namoravam em casa, era raríssimo ficar nesse aconchego com uma criança pequena que amava ficar com os pais e as vezes dormir na cama dos pais.

-Não conseguimos, simples. Catalina sempre aparece nos momentos.

-Temos que ficar na encolha. - Ellen gargalhou.

-Quando eu era mais novo achei que meu pai estava batendo na minha mãe, por causa dos gritos. - O policial falou e puxou o corpo da sua esposa para perto de si. - Ela disse que ia dar remédio para ele. Fiquei traumatizado, meu amor.

-Sério? - Virou de frente para ele, viu o mesmo concordar. - Meu Deus, será que a gente faz barulho?

-Você é escandalosa e grita alto demais. - Sorriu malicioso. - Aí! - Passou a mão no braço, onde levou um tapa.

-É sério? Eu estou preocupada com nossos filhos agora. - Disse super seria.

Ellen e Patrick eram bem rigorosos nesse sentido de não fazer absolutamente nada na frente das crianças mesmo que estivesse dormindo ou o que fosse, preferiam ir para outro canto da casa e fazer o que tinham que fazer com privacidade e sem atrapalhar a infância dos filhos.

-Não minha vida, você não grita tanto assim só as vezes. Mas quando eles não estão.

-Não quero ser a culpada por estragar a ideia que a cegonha que trás o bebê não.

-Melinda acredita nisso até hoje. - Zombou.

-Ah tá. - Revirou os olhos.

O policial deu um selinho na mesma.

-Estraguei o clima? - Ela perguntou.

-Não, o clima está ótimo. Só que estou pensando nas crianças, então não rola. - Dos fez a pintora rir.

-Se eu fazer isso... - Subiu em cima dele. - O clima melhora, policial Dempsey?

Patrick amava quando ela o chamava de "Policial Dempsey", mas às vezes gostava de deixá-la no comando.

-Aaah... Pode apostar. - Sorriu e colocou a mão na cintura dela. - Mas hoje... - Beijou o pescoço dela. - Quero você no comando.

-Com todo prazer. - Deu um beijo nele.

...

Na volta para casa foi tranquilo o vôo, Ellen e Patrick estavam animados para a reação dos seus filhos, já que era a primeira viagem "longa" dos dois juntos.

-Conseguiu tomar o remédio minha vida? - Perguntou ele, um pouco preocupado com a esposa.

-Tomei. Passou um pouquinho.

-Vou comprar chocolate para você assim que chegarmos. - Beijou ela.

A pintora abriu um sorriso e segurou na mão dele.

Romance dos sonhos - DempeoOnde histórias criam vida. Descubra agora