Cap 5

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1 semana depois...

Nem acredito que já se passou uma semana, desde que comecei a trabalhar. E sinceramente, estou amando o que faço.
Eu sou boa. Muito boa. Como secretária, tenho auxiliado meu diretor/supervisor, na elaboração de contratos importantíssimos para a empresa.

Tirando o fato de que desastres ainda acontecem a minha volta, estou muito, muito contente por estar sendo útil.
Um exemplo é o elevador, que depois de ficar presa nele por 3 vezes, eu simplesmente me recuso a usá-lo e passei a me mover pelas escadas, para circular pela empresa. Isso já me causou escorregões, pé torcido, mas é a minha realidade. Isso conta como atividade física, né?! rsrs
Claro que meus colegas, já habituados a pequenos incidentes, sempre evitam situações ou até mesmo retiram objetos que eu mesma possa me machucar. Sou conhecida pelo apelido de "miss encrenca"

Hora do almoço e me dirijo ao restaurante, que fica no térreo da empresa.

- CUIDADO!!!

Só vejo bandeja pra um lado, prato para o outro e bebida na minha roupa.
- Sıla, tá tudo bem?! Escuto a voz de Laura, uma das amigas que fiz aqui.
- HAHAHA, não seria eu, se não houvesse algum incidente a minha volta.
- O que vai fazer? Perguntou Laura.
- Almoçar bem sossegada. Isso acontece sempre e não vou perder meu horário de almoço com isso.
- Vamos, depois eu troco de roupa, sempre deixo uma extra no armário.
Percebo que algumas pessoas pararam pra ver a confusão e chacoalhavam a cabeça rindo. Todos já estavam acostumados.

Tenho meu almoço tranquilo e estou rindo de uma história que Laura contava, quando olho para o lado e vejo o Chefão olhando em minha direção. Pisco várias vezes para ter certeza que aquele monumento está realmente me encarando e quando noto que sim, desvio o olhar rapidamente. Não sei o que pensar!
Termino meu almoço dura, sem sequer virar o pescoço para o lado.

Quando estou voltando para minha sala, para trocar de roupa, tropeço no tapete que tem na entrada e quase vou ao chão.
- Mas que droga, já devia ter acostumado com esse tapete. Toda vez a mesma coisa.

O restante do dia corre normalmente, comigo em minha sala, digitando contratos e mais contratos.
Na hora de ir embora, quando saio do prédio, está caindo uma chuva torrencial, que parece que o mundo vai desabar em água.
Armo o guarda - chuva, mas óbvio que ele ia encrencar. Fica todo estropiado, que parece chover mais dentro dele do que fora.

Escuto uma buzina, mas não dou atenção.

- Ei, moça do vestido!

Arregalo os olhos quando escuto aquela voz. Me viro lentamente e meu chefe está com o vidro do carro aberto, me encarando com um meio sorriso.
- Acho que teu guarda - chuva quis virar uma peneira.
Sério que ele estava fazendo uma piada?!
- Entra aí, te dou uma carona!
- Não pre...
- Você não pode ficar na chuva. Entra aí!
Mesmo constrangida, penso que não deve ser legal recusar a carona de um chefe.
- Tudo bem, eu aceito!
Entro no belíssimo carro e ele mal arranca e a chuva cessa.
- Mas o que?! É sério isso? Resmungo sem acreditar .
Olho para o lado e meu chefe está com um sorriso no rosto.
- Qual o endereço, para eu por no GPS?
- Você pode me deixar no ponto de ônibus, afinal, a chuva cessou.
- Nem pensar! Ofereci a carona e vou te levar de qualquer jeito - Ele me olha resignado.
Coloco meu endereço e seguimos para minha casa, fingindo que ele nunca viu meu traseiro.

Vamos uma parte do caminho em silêncio até que ele pergunta
- Posso ligar o rádio? Gosto de ouvir músicas.
- Claro que sim, também gosto de música. Respondo aliviada por termos um assunto.
Logo "Fix You", de Coldplay, começa a tocar.

- Não acredito. Eu amo essa musica! Aliás, amo essa banda. Digo encantada.
- Eu também. É uma das poucas que gosto. Ele diz sorrindo.
Seguimos todo o caminho comigo cantarolando baixinho a letra da música, enquanto ele batuca com os dedos no volante acompanhando.

-Está entregue, senhorita!
Chegamos na frente do meu condomínio e agradeço pela carona. Desço do carro e ele diz que vai aguardar até eu entrar.
Só que no processo, depois de sair do carro, um gato surge do além e vem quase voando em minha direção e eu saio me atropelando de medo, quase caindo no meio do caminho.
Não podia sair bonitinha, tinha que passar vergonha mais uma vez.

Sıla's vibe

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740 palavrasssssss, tô quase lá, meus amigos. Fé, que essa obra sai!

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