Escuto uma batidinha na porta, levanto meus olhos do documento que estava lendo e vejo Sıla entrando com o tablet e a agenda nas mãos.
- Licença, podemos passar sua agenda do dia?
Percebo um nervosismo na sua voz e logo trato de desfazer qualquer tensão que possa existir, dizendo que ela pode se dirigir a mim pelo meu nome.
- Claro, Halil. Ela dá um sorriso ainda receosa.
Foi gostoso ouvir meu nome, na sua voz doce e melodiosa.
Ela passa meus compromissos da manhã e pergunta se vou precisar dela
- Preciso, pois acho que iremos ter que alterar algumas cláusulas no contrato e você já ficará por dentro.
A verdade é que não tinha necessidade, pois o advogado estará presente e ele costuma anotar tudo é só repassa para minha secretária.
Mas ela não precisa saber disso e eu a quero junto. Sua leveza contagia a todos a sua volta
Ela concorda e me oferece um café. Vejo que já sabe dos meus gostos e fico feliz em ver que ela não teve dificuldades em pegar as orientações de Marina.
Estou acabando o café, quando o advogado e os clientes que estamos negociando chegam.
Damos início a reunião e após longas 3 horas, o contrato foi acordado com ambas as partes satisfeitas com a negociação.
Nos despedimos e enquanto Sıla acompanha os clientes até os elevadores, fomos eu e Ricardo, que é o advogado, para minha sala.
- Quem é a nova belezinha lá fora? Ele solta.
- É Sıla, minha nova secretária. Ela trabalhava com Marcos, mas precisei remanejá-la devido ao afastamento de Marina.
- Ela é uma gracinha. Ele diz, sondando pela parede de vidro.
- Cuidado! Você é advogado e sabe muito bem sobre assédio no ambiente de trabalho. Falei num tom mais sério do que gostaria.
Conheço Ricardo desde meus 5 anos, quando vim morar com meus avós. Foi o primeiro amigo que fiz, já que os pais dele eram nossos vizinhos.
Depois continuamos nossa amizade na faculdade e meu avô lhe ofereceu emprego na empresa, quando se formou.
Conversamos mais um pouco e decidimos sair para almoçar.
Escutamos batidinha na porta.
- Com licença, já tenho o contrato pronto. Querem dar uma olhada?
Ricardo já deu um pulo da cadeira e correu para se apresentar. Todo cheio de graça pra cima da garota.
Resolvi interromper.
- Estamos saindo para almoçar. Nos acompanha?
Ela recusou polidamente e seguimos adiante.
O restante do dia foi tranquilo, sem reuniões. Fico entretido apenas analisando gráficos da empresa
Dou fim ao expediente e vou até Sıla, para liberá-la também para ir embora.
Aguardo ela desligar tudo e pegar seus pertences. Me olha, se despede e a vejo indo em outra direção.
- Ei, para onde você está indo? O elevador fica por ali. Aponto sinalizando.
- Ah, hummm... ela se enrola toda pra falar, ficando tímida.
- É que eu e o elevador não temos uma amizade muito boa.
Puta merda, será que ela tem alguma fobia? Como pude não pensar nisso?
Trato de me desculpar, pronto para descer de escada junto com ela, se fosse o caso.
Até que ela diz que utiliza as escadas, porque todas as vezes que ela usa, o elevador dá problema e ela fica presa.
Acho estranho, porque até hoje, nunca aconteceu comigo. Sempre exijo que a manutenção dos elevadores estejam em dia.
Não acredito que ela tem subido e descido todos esses andares de escada a cada vez que precisa circular pela empresa.
Convenço-a a descer de elevador comigo, e de fato não acontece nada, até o estacionamento.
Ela queria ir de ônibus, mas insisto em levá-la para casa.
Para minha surpresa, ela aceitou facilmente.
Dessa vez fomos conversando por todo o caminho. Perguntei se estava gostando da troca de setor, se tinha alguma dúvida.
Até que me veio a ideia de chamá-la para comer
- Quer comer alguma coisa? Assim você só chega para descansar em casa.
- Olha, eu ia pedir pizza, quando chegasse em casa... nem deixo ela terminar direito e já falo.
- Conheço uma cantina italiana maravilhosa, que serve as melhores. Ela sorri e concorda.
Chegamos a " Cantina da Nonna" e fomos bem recebidos, afinal sou um cliente antigo.
Ela fica analisando tudo, com o olhar curioso.
Explico que meus avós são clientes assíduos, quando estão na cidade e eu costumo acompanhá-los.
- Eu gostei, não conhecia. É aconchegante.
Ela diz, parecendo feliz.
Pedimos pizza e vinho. Claro que eu estou dirigindo, então só vou dar umas bebericadas.
Nossa noite tornou-se muito agradável, conforme comíamos, bebíamos e mantinhamos uma conversa.
Bem, ela quem estava aproveitando a bebida, na verdade. rsrsrs
Em uma das conversas, ela saiu com um papo de que nasceu sem sorte. Que era uma menina completamente azarada.
- Bobagem, você não é azarada. Talvez um pouquinho distraída. Falo lembrando dos tropeções.
- Bobagem nada. Ela retruca.
- Quantas vezes você acha normal uma pessoa levar "cagão" de pombo?
Mas o quê?! HAHAHAHAHAHA
Não consigo evitar minha gargalhada. Ainda bem que não tinha comida ou bebida na boca, senão teria cuspido fora.
Ela continua falando sobre o pombo ser um espião do governo, enviado para boicotá-la. E eu só consigo ficar encarando e pensando: Onde que essa garota estava escondida?
Vejo que o vinho a deixou soltinha e ajudo-a chegar até o carro. Ela sai dando tchau e mandando beijo pra todo mundo da cantina rsrsrs uma figura!
Ela foi tagarelando e cantarolando até chegar em casa. Nos despedimos e eu sigo para minha casa com o peito aquecido pela conversa e noite boa que tivemos.
----------------------------------------------------------
A SiSi bebinha só com uma taça de vinho rsrsrs
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amuleto da Sorte 🍀
Fiksi PenggemarOlá, essa é uma fic criada usando os atores Sıla e Halil como avatares/personagem. É uma AU*, ou seja, apenas os atores serão usados, mas a história é livre, num ambiente qualquer. Uma comédia romântica para trazer um momento leve a todos. *AU ou a...