Morte Eterna

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Eu vejo
A escuridão do quarto que não pertence-me
Eu toco
Os meus braços cansados
Eu sinto
A dor corrosiva
Eu provo
O amargo da língua

Eu respiro
A poeira do ar sufocante
Eu como
A poesia amiga
Eu beijo
Os lábios de Solidão
Meu companheiro amado

Eu fujo
Com a capa manchada
Eu parto
Nas assas rasgadas
Eu morro
A morte ensanguentada
Eterna

Outubro de 2022.

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- Flaira Flor

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