Him • VegasPete

➷ ˖ Stuffing the face. 𖥻 07

Deixando claro que essa fanfic é uma adaptação e eu recebi permissão da autora para adaptar-la! Quem quiser ver a obra original só pesquisar por "@asynjurr"

Boa leitura pra vocês! 💙

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PETE SONGSAKORN

(VII)

Sei que sair do apartamento de Vegas sem falar com ele, um dia depois de uma conversa incrível e muito animada, pode parecer um ato de estupidez, entretanto, ficar sob o mesmo teto que aquele homem acabaria me deixando louco, não demoraria e eu estaria sob uma redoma sexual da qual não poderia sair ileso, com meus sentimentos intactos.

Sair sem um adeus ou qualquer demonstração de gratidão deve ter sido o bastante para ele entender que não pode haver nada entre nós dois, tanto que Vegas não entrou em contato, nem mesmo para tirar dúvidas sobre a reforma do hotel, passando a tarefa para o irmão, Macau, alguém totalmente diferente, fosse no modo de se vestir, ou em seu comportamento.

Deveria estar feliz pelas duas semanas em paz, sem vê-lo ou estar diante de suas provocações tórridas, mas eu me sinto estranho, vazio, ansioso.

Ao final de mais um dia de trabalho, sigo para o meu apartamento, onde tenho me excluído de tudo nos últimos dias, incluindo Prim.

Quando ela pediu a separação, puxou o tapete de baixo dos meus pés com tanta força que eu demorei a me reerguer, mas agora, agora eu só queria ficar longe de tudo qualquer coisa que possa me machucar outra vez, ainda assim, não posso parar de sentir falta do estúpido Vegas Theerapanyakul. Pra quem se dizia tão empenhado em me conquistar, ele desistiu rápido demais.

Com uma calça de couro preta, boné da Calvin Klein, botas de couro marrom e uma regata branca, caminho distraído pela calçada em frente ao meu prédio. Mesmo sem fome, sei que preciso me alimentar, para manter meu sistema imunológico forte.

Já bem perto de um supermercado, o celular vibra no meu bolso, anunciando uma chamada de Prim. Sei que só vou me magoar mais se entender, entretanto, não atender seria um gesto de covardia, algo que eu era na maior parte do tempo.

Quando o celular vibra pela terceira vez, deslizo o indicador para atender a chamada.

— Olá. — Digo, quando atendo sua chamada.

"Estou tentando falar com você há dias." Prim responde, a velha voz entediada que eu tanto gosto.

— Estive ocupado. — Justifico meu sumiço repentino. Ao menos, eu tento.

"Você melhorou da pneumonia?" Indaga.

— Sim. — Murmuro monossilábico.

"Ainda está magoado comigo?" Ela me conhece tão bem.

— Considerando que você decidiu se divorciar de mim e nunca me explicou o motivo, acho que tenho esse direito. — Explodo com ela. Há semanas venho guardando todas as frustrações para mim, entretanto, agora não consigo mais conter minha língua dentro da boca.

"Eu não estava feliz no nosso casamento, Pete, custa entender meu lado?" É a vez de Prim explodir comigo, com mais ressentimento do que pensei que aconteceria. (NÃO MAS QUEM EM SÃ CONSCIÊNCIA NÃO É FELIZ COM PETE?)

— Sinto muito se eu não fui capaz de te fazer feliz. — Exponho o pensamento depreciativo, sentando na calçada da rua.

"Você se esforçou, mas no fundo, sabe que também não sou o melhor para você, mesmo que eu te ame." Por mais que eu saiba que não é a intenção, ela está me ferindo intensamente.