Quarto ao lado

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Já faziam mais de três horas desde o café da manhã e Alícia estava ficando com fome novamente. Apesar de não ter dado tanto importância, já que não conseguia parar de pensar no seu dom. No seu segundo dia, ela já havia percebido câmeras por toda a casa, incluindo seu quarto e banheiro. Aquele lugar de fato parece ser um pouco perigoso, então aquelas câmeras se faziam importantes. Ela escuta alguém tocar à porta. Se levanta animada, torcendo para que seja Carlos. Ao abrir a porta, se depara com uma moça nova, entre 17 e 18 anos, 1,60 de altura e corpo esguio mas definido. Parecia frequentar a academia regularmente, mas focar mais em treinos funcionais e aeróbicos do que em musculação.
- Boa tarde! - diz Alícia
- Boa tarde. - diz olhando para a nova hóspede por inteira, dos pés à cabeça - Me chamo Letícia e vim a pedido de Carlos, servir-lhe o almoço. - diz em um tom firme, malicioso e olhando no fundo de seus olhos, como que com raiva. Mas raiva de que? Alícia havia acabado de chegar. Devia estar imaginando coisas, estava tempo demais em privação.
- Obrigado!
- De nada. - diz novamente em tom malicioso, virando de costas sem tirar os olhos de Alícia.
Ao olhar para seu almoço, sente sua boca salivar. Um maravilhoso estrogonofe de frango com arroz e batata palha por cima. Senta-se a escrivaninha que havia no quarto e se prepara para comer. Ao colocar a primeira garfada na boca, escuta passos na frente de seu quarto e risadas que seguem da esquerda pra direita. Continua a comer. Escuta a porta bater e a tranca girar. Continua a comer e nada demais acontece. Quando está perto de acabar, começa a escutar um barulho estranho. Como se alguém no quarto ao lado quisesse chamar sua atenção. Decide então, levantar e chegar mais perto da parede contrária à escrivaninha. Escuta batidas repetidas, como se alguém precisasse de sua ajuda. Ao colocar a orelha na parede, percebe que é como se algum móvel estivesse sendo batido contra a parede de propósito. Como se outra pessoa do quarto ao lado batesse a escrivaninha repetidas vezes contra a parede. Mas por que? O que levaria alguém a agir de tal modo? Alícia começa a ficar com medo. Será que alguém estaria sendo mantida em cárcere? Decide então abrir a janela mais próxima do quarto ao lado e colocar a cabeça para fora e tentar receber mais informações do que se passava. Para sua sorte, a janela do outro quarto também estava aberta. Consegue escutar a voz de Letícia. O que a levaria a bater a escrivaninha contra a parede? Seria ainda aquela raiva de Alícia? Mas o que ela poderia ter feito pra deixar uma pessoa que nem conhece tão furiosa? Decide prestar atenção. E consegue escutar com nitidez agora
- Eu sou toda sua, mestre! Nunca vou te desobedecer novamente! Eu sou sua devota e sua serva! - geme Letícia em voz alta. Em alto e bom tom em direção a janela, para que qualquer pessoa a alguns km de distância conseguisse escutar.
Alícia não conseguia acreditar. Agora entendia que o olhar não era de raiva, era de ciúmes. Seu dono estava comendo outra serva no quarto ao lado. O que batia a parede era a cama, das empurradas que Carlos estava dando na buceta de Letícia. E o olhar malicioso. Maldito olhar. Ela sabia que teria o que Alícia só podia sonhar: o caralho duro de seu mestre. A novata então começa a enlouquecer. Todos os sentimentos possíveis: raiva, ansiedade e os mais gritantes eram o tesão e os ciúmes. Esses dois quase que se fundiam, estavam se mesclando e se dissolvendo um ao outro. Ela não sabia o que estava sentindo. Ficava mais melada a cada gemido de Letícia. A cada batida da cama na parede, ela sentia gotas escorrer pelo interior de sua coxa grossa. Ela vira de costas e escorrega na parede em direção ao chão. Uma forte vontade de chorar vem a tona, mas ao escutar um gemido extremamente alto vindo do quarto ao lado, acompanhado de uma forte batida na parede, a vontade se esvai na mesma rapidez que um fogo forte consome seu corpo por inteiro. Alícia já não tinha o que fazer, seus dedos já estavam todos lambuzados dentro de sua buceta quente e molhada. Se masturbar não era só inevitável, como necessário. Não havia como manter a sanidade sem tal ação.

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