À trois

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Alícia, agora ciente das regras não ditas do jogo que se desdobrava dentro das paredes daquela casa enigmática, sentia-se cada vez mais puxada para o abismo do desejo e poder. O dia se passou lentamente, com cada olhar e toque entre os ocupantes da casa carregando uma eletricidade palpável que apenas intensificava sua própria curiosidade e excitação.
À medida que a noite caía, os murmúrios das conversas se transformavam em risadas abafadas e gemidos que se espalhavam pelos corredores, incentivando Alícia a explorar o que havia estado tão perto, ainda que escondido. Após passar tanto tempo trancada e sem nada pra fazer, descobriu uma forma de abrir a porta e caminhou silenciosamente pelo corredor, seguindo os sons que atraíam tanto seu medo quanto seu desejo. Ao passar por uma porta entreaberta, ela viu Carlos em um ato dominador com Letícia, cujos olhos encontraram os de Alícia, brilhando com uma mistura de desafio e convite. Incapaz de se desviar, Alícia permaneceu, observando como Carlos controlava cada movimento de Letícia, suas mãos firmes em sua cintura, puxando-a para cada penetração precisa que fazia Letícia arquear em êxtase. O olhar de Letícia para Alícia não era mais de ciúmes, mas um convite aberto para se juntar a eles, para aprender a linguagem de poder e prazer que Carlos tão habilmente falava.
Respirando fundo, Alícia tomou sua decisão e entrou no quarto, fechando a porta atrás de si com um clique determinado. Carlos sorriu com aprovação ao vê-la, um brilho de expectativa em seus olhos.
• Quer aprender, Alícia? - ele perguntou, sua voz era um sussurro rouco que enviava arrepios pela espinha dela. Sem dizer uma palavra, Alícia assentiu, aproximando-se com um misto de hesitação e necessidade. Carlos, um mestre em perceber os limites e desejos de suas submissas, guiou Alícia com mãos firmes, mostrando-lhe como tocar Letícia, que gemia sob suas carícias inexpertas mas ansiosas.
Encorajada por seus gemidos, Alícia explorou mais, suas mãos descobrindo cada curva e contorno de Letícia, aprendendo a tirar suspiros e arquejos de prazer dela. Carlos observava, ocasionalmente guiando as mãos de Alícia ou sussurrando instruções em seu ouvido, cada palavra aumentando o calor que crescia dentro dela. O clima no quarto esquentava à medida que Carlos decidia elevar o jogo, colocando Alícia sob seu comando direto. Ele posicionou Alícia de forma que ela ficasse de quatro, exibindo-a para Letícia, que observava com olhos famintos. Carlos deslizou por trás de Alícia, suas mãos percorrendo as costas dela até alcançar os quadris, onde ele segurou firmemente.
• Sinta cada movimento, Alícia. Deixe-se levar pelo prazer, - ele murmurou, antes de penetrá-la suavemente, aumentando o ritmo gradativamente enquanto Alícia mordia o lábio, contendo gemidos que buscavam escapar. O prazer se acumulava, incontrolável, enquanto Carlos movia-se com uma habilidade que deixava Alícia à beira do abismo. Letícia, agora ao lado deles na cama, tocava Alícia, seus dedos habilidosos provocando-a ainda mais. Entre beijos, carícias e sussurros, a sala se enchia de um balé de sons eróticos e movimentos sincronizados.
Alícia, sob a influência dominante de Carlos e os toques exploratórios de Letícia, encontrava-se em um estado de êxtase. As barreiras entre medo e desejo se dissolviam, deixando-a entregue às sensações que a consumiam, ensinando-a o verdadeiro poder que residia no abandono ao medo e retração e na entrega ao momento e prazer. A noite de Alícia era apenas o começo de sua jornada, uma promessa de que cada descoberta e cada prazer a tornariam mais imersa nesse mundo de sensações intensas e jogos de poder erótico. Ela estava pronta para aprender, para sentir e, acima de tudo, para se transformar.

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