Parte 6 - 7. Bem vindos. Outra vez. Novamente.

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Quem aí sentiu falta das aulas do Professor? Está na hora de ele começar a repassar parte do plano para sua gangue. E eu prometo no final uma surpresa bem agradável para quem shippa serquel, que na realidade deve ser considerado mais uma reparação fan service. E se não for pra fazer fan service, pra que eu ia tá aqui mesmo?

Desfrutem ♥

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Como ele havia pedido ali estavam as carteiras e o quadro. O Professor reuniu todos que estavam na tenda, colocou sua gangue sentada nas fileiras da frente, a esquipe de confiança logo atrás. Em pé ao fundo ficaram Tamayo e Ángel. E na frente o Professor, em frente ao quadro branco, e Lisboa, que ficou do outro lado do quadro.

– Estou acostumado com giz. – Ele resmungou baixo quando pegou a caneta de quadro branco, arrancando um sorriso discreto de sua esposa.

"Bem vindos.

Outra vez. Novamente."

Ele escreveu no quadro com caneta azul. Denver foi o primeiro a rir quando leu o quadro, porém todos os demais riram assim que o Professor saiu da frente.

– Bom, todos aqui sabem as regras. – Ele sorriu descontraído, fazendo com que todos aliviassem a tensão. – E tenho que dizer que elas mudaram. – Mas ele sabia que as coisas seriam muito sérias daqui pra frente, e nesse momento, tinham que ser realistas. Ele então começou a ficar sério. – Vamos ter muito trabalho para conseguir fazer com que todos saiam aí de dentro bem e sem revelar a situação real da reserva nacional.

– Todos? – Rio perguntou.

– Sim, todos. – Repetiu para que a ideia se fixasse na mente deles. – Vocês, os reféns e os assaltantes. Todos. – Ele disse simples.

– Estou pouco me fodendo para esses assaltantes. – Tamayo resmungou do fundo.

– E como vamos fazer isso, Professor? – Estocolmo perguntou quase ao mesmo tempo.

– Mas eu me importo, por que o nosso primeiro passo é a credibilidade. – Ele escreveu no quadro a palavra ao mesmo tempo que falou. – Não importa o que aconteça, eles não podem ganhar apoio popular, uma intervenção dará mais certo se o apoio da população estiver conosco. – Ele explicou. – Isso é crucial. Precisamos nos blindar de todas as formas para que eles enxerguem os ladrões como vilões e a polícia como os mocinhos.

– Meio díficil, depois que tiramos a credibilidade deles duas vezes. – Bogotá riu.

E o riso de Bogotá foi seguido por todos, menos os membros da polícia. Tamayo novamente tinha uma expressão raivosa na face. Quem o via podia dizer que estava a beira de um colapso.

– Difícil sim, mas não impossível. – Ele segurou a caneta com a ponta dos dedos enquanto falava.

– E como fazemos isso? – Manila quem perguntou dessa vez.

– Soltando somente verdades. – Ele gesticulava com as mãos. – Sendo transparentes. E principalmente, forçando que eles mintam. – Disse simples. – Com isso, podemos ir para o segundo passo, e esse sim, é muito difícil e delicado. – Ele deu uma pausa e olhou a todos antes de continuar. – Que é colocar parte de vocês dentro do Banco da Espanha.

– Parte? – Rio questionou. – Achei que entraríamos todos.

– Não. Não serão todos. Pelo menos não todos de uma única vez.

– E quem vai entrar? – Pamplona questionou.

– Duas esquipes. Na primeira: Denver e Manila. Na segunda: Palermo, Estocolmo e Pamplona. – Ele então virou-se para Rio que estava a ponto de retrucar. – Rio, eu quero você aqui comigo com os computadores, confio em você mais que nos sessenta e cinto paquistaneses que eu possa arranjar. Marselha cuidará do ambiente externo, ele quem teve a imagem menos exposta no último assalto, quero sempre conosco.

La Casa de Papel - Parte 6 e 7Onde histórias criam vida. Descubra agora