La Casa de Papel - Parte 6 e 7

Parte 6 - 9. Lisboa x Fantasma

Olá, como estão? Vamos iniciar oficialmente a semana? Por que pra mim a semana só começa quando eu posto LCDP6&7 para vocês!

Desfrutem ♥

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Professor recém havia proposto a Lisboa a atender a próxima chamada que viesse do interior do Banco da Espanha quando o telefone tocou. Era como se adivinhasse.

Se não tivesse total certeza que todos os equipamentos estavam limpos, acharia que tinha uma escuta ali. Não que não pudesse haver um traidor ali no meio, não dos seus, mas da equipe de Tamayo. Ainda sim, havia sido muito rápido. Tinha que aceitar que era coincidência.

Lisboa foi direto para atender, mas assim que colocou a mão sobre a mesa de controle, o Professor colocou a mão por cima. Ela o fitou com atenção.

– Preciso que fique o máximo de tempo possível no telefone, enrole, deixe falar. – Ele disse, enquanto ouvia o telefone tocar. – Sobre o que quiser...

– Deixa comigo. – Ela sorriu.

Todos na tenda estavam ficando a postos. Raquel se sentou na cadeira, pegou um lápis no porta canetas e enrolou o cabelo em um coque prendendo com o lápis, respirou fundo enquanto colocava o headset e fez sinal para que aceitassem a chamada. O telefone já havia soado umas quantas vezes.

– Alô Professor, demorou para atender. – A voz veio do outro lado, ainda robótica.

– Desculpe... Mas o Professor não está disponível. Entretanto resta eu. – Fantasma não podia ver, mas sabia que ela tinha um sorriso no rosto.

– Lisboa, é um prazer falar com você. Aliás, como devo te chamar? Lisboa, Raquel, Professora, Primeira Dama ou Inspetora? – Disse com sarcasmo. – São tantas opções.

– Como preferir. – Nem percebeu, mas deu de ombros quando falou. O sorriso permanecia no seu rosto.

Estar ali sentada naquele local era estranhamente familiar, se sentia como um peixe no aquário. E isso lhe dava leveza, e uma autoconfiança enorme.

– Então, Lisboa... O que ele está fazendo? Um plano? – Seu tom era cínico.

– Na realidade está dormindo. Estava cansado. – Ela se recostou na cadeira, tentando relaxar. – Foi uma viagem longa.

– Bom, não é todo dia que se acorda em uma ilha paradisíaca e a noite está em um assalto em Madrid. – Fantasma concordou.

Ela olhou para o lado e seu marido fez um sinal com as mãos para que continuasse enrolando. Raquel não entendia exatamente o porquê, mas não tinha nada a perder. Ela se levantou da cadeira e começou a caminhar vagarosamente, enquanto seguia a conversa.

– E ainda descobre que vai ser pai. – Completou Lisboa com um tom indiferente, como quem dá uma alfinetada fingindo não ser nada.

– Ele não sabia? – Disse com tom surpreso. Ela tinha certeza que era uma falsa surpresa.

– Na verdade não... Eu ainda não tinha pensado em como dar a notícia para ele. Acho que você facilitou tudo... Talvez. – Preferia fingir que já sabia da gravidez, isso a fazia se sentir no controle da conversa.

Ela caminhou para longe da mesa de comando onde ficava o telefone e grandes monitores, mas depois fez a volta se aproximando de novo, não conseguia ficar parada.

– Bom, então talvez tenha que pedir desculpas. Afinal, foi muito rude da minha parte fazer aquele comentário e acabar entregando essa grande notícias antes de você. – Deu uma pausa. – E como reagiu?