La Casa de Papel - Parte 6 e 7

Parte 6 - 5. O que está vestindo?

Prontos para conhecer o atracador al mando? Já que dessa vez não é o professor, quem é? Será que realmente é inteligente? Será que tem algo preparado? O que será que ele está planejando?
Bom, nesse capítulo vão poder conhecer um pouco sobre ele... Ou será ela?

Desfrutem ♥

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Professor, e os que o acompanhavam, foram os primeiros a chegar na tenda. Haviam montado uma tenda ao lado da principal, com acesso restrito e um ônibus motorhome estilo militar ao lado. Eles chegaram vestidos com roupas de policiais, capacetes e mascaras que escondiam suas faces deixando somente seus olhos de fora.

Haviam muitas pessoas atrás da faixa, uma verdadeira multidão. Ainda sim foram recebidos em silêncio, o que mostrava que eles não estavam contra a polícia, o que queria dizer que ainda não tinham tomado partido nem dos assaltantes e nem contra eles. Haviam uns poucos de macacões vermelho e mascaras de Dalí, mas a maioria usava roupa comum do dia a dia.

Estavam apreensivos. Esperando para saber o que vinha.

Se o Professor e sua gangue estavam mortos, quem estava lá dentro? Eram iguais? Diferentes? Tinham os mesmos ideais? E se fossem terroristas? Todos tinham muitas perguntas e aguardavam o desenrolar.

Para o Professor era ótimo. Isso quer dizer que os assaltantes ainda não tinham o apoio popular, e nem se preocupado em conquistar isso nas primeiras horas de assalto. Assim que entraram, tiraram os capacetes e mascaras que cobriam a boca. Olharam rapidamente em volta, mas o Professor estava com pressa pelas informações.

– E então? – Professor perguntou a Tamayo. – Quem está negociando com os assaltantes?

– Angél seria o encarregado, mas eles não ligaram ainda, e não atenderam quando ligamos. Não sabemos o que está acontecendo lá dentro e se não tivermos comunicação em breve, vamos ter que realizar uma intervenção. Porém ninguém quer fazer a menos que seja extremamente necessário, as coisas mudaram desde que...

Tamayo se calou, estava até muito calmo, ao menos por fora. Por dentro ele queria soquear a cara do Professor e dizer que tudo havia mudado por culpa dele, que tudo era culpa dele.

Era obvio que depois de dois assaltos que ficaram famosos a nível mundial, que os outros países, principalmente a união européia, não confiava mais no modo que as autoridades da Espanha lidavam com as crises internas. Ainda que, supostamente, tenham conseguido eliminar todos os assaltantes e recuperar o ouro, eles ainda passavam por investigações e julgamentos por organizações internacionais e mundiais como, por exemplo, a ONU, considerando a tortura contra Rio, a prisão ilegal de Lisboa, o modo como dirigiram a crise, dentre outras acusações.

Nem toda fabricação de provas que realizaram e alterações de história que fizeram, fez com que a Espanha fosse totalmente absolvida. E o país ainda ainda respondia por muitas de suas atitudes.

– Vinte horas de assalto e não fizeram nenhum contato com os assaltantes? – Raquel reclamou. – Vocês fizeram alguma coisa até agora?

Tamayo naquele momento ficou ainda mais vermelho, se é que aquilo era possível, mas o Professor passou entre eles tentando cortar o clima de hostilidade. Fora em direção aos computadores, poderia ver tudo que estava acontecendo do lado de fora por aquelas telas.

– Bom, eu vou tentar ligar. – Professor se sentou a cadeira em frente ao telefone.

Raquel se afastou de Tamayo indo em direção ao Sérgio, sentou-se na cadeira ao lado, pegou um lápis e enrolou-o no cabelo formando um coque. Colocou a mão sobre o segundo headset, mas delicadamente o Professor colocou a mão sobre a mão dela, impedindo que o erguesse.