capítulo XI

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Observando o rosto inquieto da mulher de aparência palida e pôr consequência da incerteza de falar mordia os lábios diversas vezes e suas unhas grandes batiam na mesa deixa claro para Mikey o quanto ela está nervosa.

— Estou aqui para te ouvir, no entanto se não for falar nada prefiro voltar. – exclamou o sano fazendo os olhos da mulher voltar a sí.

— Só vai me escutar porque vou pagar. – disse ela em um murmúrio, antes de passar uma inspeção no lugar para descobrir se não havia ninguém.

“ vamos lá Geórgina, você consegue, é só respirar fundo” — repitiu diversas vezes para criar em sí uma coragem para relatar algo que te atormenta.

Presciso achar o pai dos Saitos. – foi direto ao ponto.

— Oh... Se eu não me engano foi ele quem matou a mãe dos dois, Quer se vingar por eles? – o rumo da conversar se tornou interesante para o Sano que passou a escutar um pouco mas atento.

— Não é apenas por isso.Têm uma coisa que eu escondo deles a muito tempo. – sua voz fraquejou, um ardor tomou sua garganta.

— Que feio esconder algo de pessoas que confia muito em você. – observou Mikey sem qualquer compreensão com que a mulher sentia.

— Tenho meus motivos, conhecendo cada um
deles só seria aínda pior contar que fui abusada sexualmente pelo pai deles e, pôr causa disso a sua mãe morreu, séria duro de mais não acha?

O sorriso sem graça foi esboçado do rosto ao qual derrubavam lágrimas indesejáveis.

Um certo garoto de cabelos brancos escutava tudo aquilo com espanto e lágrimas nos olhos, não conseguia acreditar no que Gina estava falando, não por causa do homen acusado mas sim por saber que uma pessoa muito importante em sua vida tenha pasado por esse momento difícil sozinha e calada.

O mesmo engoliu o choro para não chamar atenção dos mas velhos, que conversavam sentados um pouquinho a frente, deslizou até chegar ao chão ficando quetinho para escutar com mas detalhes a conversa alheia.

— Você não acha que deveria contar isso?. – Mikey receioso batucou a mesa com os dedos.

— Eu queria contar pra ela..

— Mas. – o Sano induziu a mesma a continuar após a pausa que ela fez em sua fala.

— No dia em que eu finalmente consegui superar meus medos, descobri que aquele homem matou a tia Hayato. Me fez perder toda a coragem de contar pôr culpa minha ela morreu.

— Geórgina porque você acha que isso é sua culpa, você era uma criança e vítima de um homem muito mas velho que você não deveria carregar todo esse sentimento dentro de você. – Manjiro alegou cautelosamente fazendo a mulher olha-lo de cenho franzido não de estranheza mas sim de culpa, tristeza um sentimento que ela carregar desde os seus 15 anos.

— É minha culpa porque se ela não tivesse contado para ela o que ele fez no meu corpo com toda certeza ela não teria me ajudado a fugir e muito menos brigaria com ele ao ponto de irrita-lo e fazer com ele tirasse a vida dela.

— Miller para com essa porra que você está falando, ela te ajudou porque quis, ela fez o certo tenho certeza que qualquer um faria o mesmo você não têm culpa de nada, para de se tortura com algo que não têm culpa . – Mikey se levantou impaciente ficando de frente para a mulher.

O Sano não entendia o motivo de estar tão irritado ou não queria encherga, mas ele sabe que se via na mulher a sua frente, sempre se culpando pôr tudo de ruim que acontece a sua volta, achando que todas as desgraças são causadas pôr ele ou pôr sua simples existência.

𝐁𝐎𝐍𝐓𝐄𝐍'𝐒 𝐍𝐄𝐈𝐆𝐇𝐁𝐎𝐑 ╻Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora