𝗰𝗮𝗽 • 01

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|Roseanne|

Sete horas dá manhã de uma maldita segunda-feira. Penso quando olho em minha mesa e percebo centenas de papéis para assinar pelo meu chefe.

Bem, meu nome é Roseanne Park, uma mulher totalmente indecisa sobre suas escolhas. Tenho vinte e três anos e à um mês atrás decidi ir para uma entrevista de emprego, fui à escolhida por obter um currículo excelente. Trabalho em uma das empresas mais famosas na Coréia do Sul, porém, desde que pisei nesta empresa não tenho descanso, sou secretária de meu chefe e o que eu poderia esperar? Aqui é literalmente um inferno. Meu chefe se chama Park Jimin, mas raramente é visto andando solto pela empresa, é bastante preso em seu escritório e só sai dele quando vai até um reunião ou vem atormentar meu juízo com mais trabalhos.

Eu precisava ter um dia de descanso, até em fins de semana eu trabalhava, estava morta. À uma semana atrás eu comecei a fazer um trabalho para apresentar ao Sr.Park, mas ainda não consegui terminar, e se eu desse está notícia à ele, poderia me considerar demitida. Um mês era o suficiente para perceber que ele não tolerava atrasos e não suportava isso, ficava emburrado facilmente quando isso acontecia. Percebo Chayeong vir até mim.

— Olá Rosé! Consegui terminar o trabalho? - pergunta Chayeong

— Não, e não precisa avisar, sei que já estou no olho da rua. - declaro

— Você tem sorte que hoje o Sr.Park está numa boa, o vi agora pouco e parecia ocorrer tudo bem com seu temperamento.

— Poisé, esse temperamento vai azedar agora. - digo me levantando para me encaminhar de ir até sua sala

Seu enorme escritório ficava no último andar do prédio, vou até elevador e aperto o décimo segundo andar. Já lá dentro, acento minha saia para que não tenha erro em minha roupa, às portas do elevador se abrem e eu engulo seco. Caminho até sua sala e paro em frente à sua porta, respiro fundo e bato recebendo um "Entre."

— Senhor eu... - sou cortada pelo Park

— Não terminou o trabalho. É, Roseanne, eu sei. E não se acostume, tudo bem? Irei te dar o prazo de três dias para que tudo o que eu pedi esteja pronto, repito: Não se acostume. Agora saia e volte ao trabalho, creio que tenha muitos papéis para assinar, assim como eu. - diz se inclinando na cadeira

Peço perdão e saio de sua sala voltando para meu andar. Encontro com Chayeong me esperando e ela me olha surpresa.

— O que aconteceu? - pergunta

— Graças à deus ele me deu três dias a mais! Agora vou poder terminar este trabalho, à deus... Quase pude ter um infarto. - digo me sentando antes que minhas pernas enfraquecessem e eu caísse

— Pensei que seria seu fim, bom, eu vou indo, tenho bastante coisa para fazer. - se despede e some com um sorriso doce



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Termino de assinar todos os papéis, meus dedos estavam prestes à cair, então deixo os papéis na mesa, saberia que o Park passaria aqui para pegá-los e levá-los para sua sala. O relógio em meu pulso indicava que eram meia noite e meia, todos já haviam ido embora apenas eu estava ali, pego minhas coisas e vou até o elevador, disco o primeiro andar e assim vai. Quando às portas se abrem, levei um leve susto pois dei de cara com a figura alta de Park Jimin. Então, quando eu iria sair do elevador por um lado, ele também foi por aquele, então fui para o outro lado, e ele também foi. Percebendo à situação, ele me deixou passar primeiro em forma de gentileza, enquanto caminhava para à saída, escuto sua voz né chamar.

— Senhorita Roseanne! - me chama e logo me viro

— Está tarde, acha que ir embora sozinha será um perigo? Poderia acompanha lá, claro, se não fosse um problema. -  diz

— Não, não se incomode com isso, não moro tão longe da empresa. - digo

— O perigo anda por todos os lados. - declara

— É sério mesmo. Sr.Park, não se preocupe com isso, até mais. - digo e me viro pegando meu caminho

Entro em meu veículo e dou partida direto para minha casa. Chegando lá, me deparo com cartas postais em cima da enorme mesa de jantar que tinha. Pego algumas para observar e percebo que uma delas era de minha irmã, Alice, decido abri-la e recebo a notícia de que ela viria para à Coreia em breve. Ela viajou para outro país aonde eu não conheço muito bem, foi para trabalho, recebo notícias por ela de que está indo muito bem, está realizando seus sonhos e viria para cá me ver realizar os meus também. Ela passou um bom tempo ausente, nem consigo mais me lembrar à última vez que se vimos, talvez eu tivesse uns dezoito anos quando decidimos seguir caminhos totalmente diferentes.

Sinto tanto sua falta desde o dia em que foi e não voltou, crescemos grudadas até quatro anos atrás. A notícia fez com que eu me alegrasse bastante, sua presença melhoraria a vida solitária que vivo, uma mulher de poucos amigos e poucos parentes, que leva a vida como uma chatice no peito, solteirona e sem filhos. Apenas com minha prima, Lia, só não me torno sem porcento solitária por sua companhia, foram tantos anos sem perturbações que não consigo me acostumar com os barulhos que vivem lá na empresa. Tiro meus saltos altos e minha jaqueta de couro a jogando no sofá, grito por Lia mas ela não me responde, subo até seu quarto e a encontro capotada na cama com livros em seu rosto. Para não estragar seu sono, decido não acorda-la e sigo para meu quarto, vou até o banheiro e tomo um banho rápido trocando minhas roupas por algo confortável.

Deito em minha cama e em alguns minutos, meu sono me detona

À cinco centímetros || 𝑷𝑱𝑴 + 𝑹𝑵𝑷Onde histórias criam vida. Descubra agora