𝗰𝗮𝗽 • 03

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|Roseanne Park|

Já havia voltado para casa depois do trabalho, Lia teria saído com algumas amigas e só estava apenas eu em casa. Estava mexendo no celular quando escuto a campainha tocar, ainda olhando para o celular, vou atender a porta. Rapidamente algo me empurra para trás com muita força, e logo me dou conta de que se tratava de Seulgi. Ela me derruba no chão e estava pronta vir para cima de mim, consigo me levantar e correr para a cozinha, mas ela continuou me seguindo. Novamente me empurrou contra a bancada e puxou uma faca que estava em cima da pia fazendo um corte em meu braço, me lembro que teria deixado meu celular cair com o baque que ela me deu, então volto para a porta vendo meu celular caído lá, o pego e corro para a segunda parte da casa, me trancando em meu quarto.

Lembro de ter o contato de meu chefe anotado na gaveta da minha cabeceira, todos os funcionários tinham. Pego o papel e disco seu número, apenas chamava e na segunda tentativa ele atende.

— Alô?

— Senhor, por favor, eu preciso de ajuda.

— O que aconteceu?!

Logo Seulgi batia na porta com algo, e em seguinte quebrou a maçaneta da porta, antes de vir para cima de mim, me tranquei no banheiro.

— Seulgi. Seulgi está querendo me matar. - digo entre lágrimas de angústia

— Chegarei logo.

Ele encerra a ligação, percebo meu braço cortado e por antes ter tocado na ferida, minhas mãos e tela do celular estavam manchadas de sangue.

O sangue escorria muito rápido, então isso fez com que eu pegasse um pano branco que estava no armário e enrolasse no meu braço. Mas mesmo assim, ainda escorria sangue. Não demorou muito, e Seulgi fez me tremer com seus gritos batendo na porta.

— Você me pagará mulher, me pagará caro. - diz em meio seus surtos - Irá ver o que é tentar passar por cima de mim.

Seulgi dava golpes de faca na porta, porém falhava e isso à fazia ficar mais enfurecida. A mulher gritava e gritava até Jimin e seus seguranças chegarem. Eles a seguraram e à levaram para à delegacia, enquanto Jimin ficava comigo, à meu deus, ele está em minha casa.

— Você está bem? - perguntou enquanto me tirava de meu banheiro

— Eu pareço bem? - pergunto

— Não. Eu te avisei para ficar longe de Seulgi, porque não me ouviu?

— O que você acha?! Ela veio até minha casa, eu literalmente não fiz nada para ela. - digo

Jimin pegou um kit socorros e fez um curativo em meu braço, enrolou atadura e cuido super bem.

— Obrigada. - agradeço

— Se não conseguir ir trabalhar quinta feira, eu entendo. - diz o Park

— Está brincando? Isso foi apenas um corte, amanhã mesmo já estarei melhor. - digo

— Rosé, você carrega tantos papéis e se não estiver melhor, não irá trabalhar, entendeu? Fique sabendo que eu odeio quem desonra minhas regras. - diz se aproximando cada vez mais com seu semblante sério

— T-Tudo bem. - Eu gaguejei, porque eu gaguejei?

— Ótimo, espero mesmo que tenha me entendido.

Nossos rostos estavam à centímetros, e eu conseguia acompanhar sua respiração, seus olhos me encaravam e logo depois foram direcionados para minha boca.

— Não se aproxime. - peço

— Porquê? - diz o homem com seu rosto à cinco centímetros

— Você precisa ir embora, já está tarde. - digo fugindo e me levantando da cama

— Você está certa, eu já vou indo. Até mais. - diz se despedindo e indo embora

Acompanho sua ida e na porta de casa, Lia percebe o homem sair e quando entra, me lança um olhar de malícia enorme.

— O que aquele cara maravilhoso fazia dentro da nossa casa? - pergunta

— Não comece. Ele é meu chefe. - digo

— Que tipo de chefe vem até a casa dos funcionários?

— Foi um ocorrido que aconteceu e ele esteve por aqui. - digo

— Que mentira esfarrapada, eu lhe conheço Rosé. - diz - E acho que está relação de chefe e funcionária não acabará bem.

Para ser sincera, nem eu.

À cinco centímetros || 𝑷𝑱𝑴 + 𝑹𝑵𝑷Onde histórias criam vida. Descubra agora