𝗰𝗮𝗽 • 07

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|Roseanne Park|

Já havia se passado três meses, e depois desta temporada, a sala que eu e mais algumas companheiras usaríamos para fazermos roupas e etc, estava pronta. Ela era espaçosa o bastante e eu já estava tão animada para começar a preparar tantos vestidos. Inclusive, nestes últimos meses, Jimin estava mudando seu comportamento, mostrando demonstrar interesse em mim, isto todos dá empresa já percebiam. Chayeong sempre apontava isso para mim, e sempre minha chegada na empresa era motivo de fofocas, que me deixavam com os nervos à flor da pele. Havia alguns dias que a tal prima de Jimin comparecia na empresa, sempre emburrada e conseguia descontar em mim, confesso que peguei ranço de sua presença em minha vida.

Tanto que isso me deixou na única opção, pedir demissão. Era como um ímã. Está mulher aparecia na minha vida pra onde quer que eu ia, e sempre com seu mesmo assunto, tentava me manipular para pedir demissão e ela já estava quase conseguindo. Sua voz soava em minha cabeça me atormentando todos os dias, se pelo menos uma demissão eu cumprisse, ela me deixaria em paz e da minha vida sumiria. Porém, eu estava adorando à idéia de designer, estava adorando o fato de criar novas idéias todos os dias. E era isso o que eu e Ryujin fazíamos agora, desenhavamos e escolhiamos os panos dás roupas. Nós sempre ficávamos até tarde por aqui, éramos sempre às únicas.

— Estou morta de fome. - solta Ryujin

— Também estou. - digo colocando a mão sobre minha barriga

— Você tem algum número de pizzaria? - pergunta

— Não. Mas sei que tem uma lanchonete não muito longe daqui. - digo

— Ótimo, sei que vai sobrar para mim ir, então eu não tenho escolha. - diz rendida

Retribuo com um sorriso enquanto vejo ela sumir de minha vista, volto à desenhar enquanto espero sua volta.

Depois de quase meia hora, escuto passos e prevejo ser Ryujin. Mas quando saio da sala, me engano me deparando com Jimin.

— O que está fazendo aqui? - perguntou

— Trabalhando?! - digo de forma meio óbvia

— Roseanne, são quase duas da manhã. Isto definitivamente não é hora de trabalho. - diz

— Eu nem havia percebido o horário, mas e você, o que faz aqui. - digo

— Vim em busca de alguns papéis, porque te interessa? - pergunta sorrindo

— Por nada. - digo voltando para dentro da sala e ele me acompanha

— Como vão os desenhos? - diz se aproximando da mesa aonde me sentava

— Desenhados. - digo

— Está afiada estes últimos dias. - diz

— Não sou algo pontudo. - respondo e ele retribui com uma risada anasalada

— O que aconteceu com você, hum florzinha? - diz se abaixando na altura da cadeira em meu lado

— Quanto te permiti que me apelidasse?

— Não fuja do assunto. - diz enquanto se aproxima de mim

— Fique longe. - digo

Mesmo assim, ele não me ouvia, continuava à se aproximar e quando já estava perto o suficiente, tocou em meu queixo e eu estava perplexa, não sabia que decisão tomava. Enquanto mais seus lábios de aproximavam dos meus, um calor percorria meu corpo, e isso durou até Ryujin aparecer na porta da sala, dura feito pedra enquanto percebia a cena.

— Eu atrapalho algo? - perguntou

Jimin vira seu rosto em uma expressão nada satisfeita, mas não disse nada.

— Não ryu. Venha, vamos voltar a desenhar.

Está foi minha escapatória, já que eu não tomava uma decisão, Ryujin apareceu na hora certa. Jimin saiu da sala e Ryujin retornou a se sentar em meu lado com a caixa de pizza.

— O que aconteceu quando eu estava fora? - diz

— Você não vai acreditar.


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"Sábado, dia de se divertir." Ryujin grita enquanto estaciona o veículo em frente à uma balada.

Saímos do carro e sendo vip, não esperamos à enorme fila que havia. Quando entramos no local, o som estava tão alto que não conseguia ouvir o que às meninas diziam, Chayeong saiu para à pista de dança e Ryujin me acompanhou até o bar. Pedimos apenas dois copos de whisky para não começar muito pesado

— Então Rosé, você já se encantou no charme do Park? - perguntou

— Não, claro que não. Todos andam me perguntando isso, mas à resposta é não. - digo

— Eu não acho que está falando a verdade, está querendo mentir para si mesmo.

— Como sabe mais do que eu?

— Está nítido. Rosé, seja sincera, sente algo por ele? - pergunta me fazendo ficar longos minutos pensando

— Não. Podemos mudar o assunto agora? - pergunto e ela assente

Antes, ela digita algo em seu celular, e logo desliga e o guarda.

— Com quem está falando?

— Não, não é com ninguém. - diz tentando disfarçar

— Espere, está tendo algo com alguém? - pergunto e ela esconde seu sorriso

— Não. - responde rápida

— Não adianta mentir para mim. - digo virando o resto do whisky e pedindo mais para o barman

— E você porque mente? - diz

— Não estamos falando sobre mim, senhorita Ryujin.

— Meninas olhem quem chegou! - diz Chayeong se aproximando com Jimin em seu lado

— Isso é sacanagem. - digo colocando minhas mãos em meu rosto

Ryujin usou uma desculpa esfarrapada e então puxou Chayeong para longe.

— Que destino irônico, não? - perguntou se aproveitando da bebida que não era sua

— Você está me perseguindo, é isso mesmo? - digo

— Definitivamente isso não é o que eu faço.

— Não é isso o que sua boca gostaria dizer.

— E desde quando repara em minha boca? - diz fazendo minhas bochechas queimarem

Este homem sabia como me encrencar.

— Seja menos infantil, sabe o que eu quis dizer. 

— Hoje na empresa, um homem foi à sua procura. - diz Jimin e finalmente puxa minha atenção

— E quem era?

— Ele disse que se chamava, Jun-Seo.

Na mesma hora, sinto o líquido passar queimando em minha garganta. Qualquer pessoa, mais ele não.

À cinco centímetros || 𝑷𝑱𝑴 + 𝑹𝑵𝑷Onde histórias criam vida. Descubra agora