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Vinnie - 45 dias depois

Fecho os olhos novamente tentando dormir, suspiro profundamente e me viro na cama mais uma vez. Acabo perdendo a paciência e dou um soco no travesseiro, logo em seguida jogo ele longe.

Muita coisa mudou depois daquele dia que eu voltei do Brasil, eu realmente estava numa equipe profissional. Ainda não parecia real, fui visitar minha família semana passada o que me deixou menos ansioso, eu estava bem mais feliz do que antes e poderia até estar mais se não fosse o clima dessa casa. Tínhamos novos integrantes, quando voltei eles já estavam aqui, de cara já começaram a me comparar com o Jacob. Nada contra o cara, mal o conheço, mas não estava curtindo as comparações.

Parecia que as poucos minha cabeça tentava dizer que eu seria facilmente substituído por ele. Por outro lado, me sentia bem melhor, as cobranças diminuíram e foram pra cima dele. Isso era bom, não?

Não, Vinnie. Você foi substituído porquê cansaram da sua postura, não vou culpar o Thomas porquê ele está pensando na carreira dele, e ele sempre me ajudou, sempre tentou abrir minha mente e eu bom...sou uma pessoa difícil, às vezes. Mesmo com tudo isso acontecendo na minha vida, estar na 100 thieves tem me deixado mais calmo.

Faltava uma coisa, a maior parte, ela. Era difícil falar com a Agatha, literalmente, eu sentia que era tão difícil falar com ela quanto com uma artista pop. Deve ser por quê ela dança pra uma, né, esperto?

Sabia que ela não estava fazendo de propósito mas mesma assim, a situação em si me irritava e muito, era sempre um "Oi, como você tá?" e quando eu conseguia começar a contar algo pra ela, alguém a chamava ou acontecia algo e ela tinha que desligar. Ela estava sempre ensaiando, viajando ou dormindo, começo a me questionar se ambos teríamos tempo um pro outro, eu me considerava ocupado ultimamente, mal dá tempo de fazer lives e mesmo assim, queria muito passar um tempo com ela.

A Agatha nem toca no assunto de vir pra cá, e eu nem preciso perguntar pra saber que não vai rolar, até porquê a passagem que eu dei pra ela já expirou e ela não teria tempo pra vir.

Por quê não consigo parar de pensar nisso? Hoje meus pais vem pra cá, por conta de um feriado. Pego meu celular sabendo que lá estava de dia, talvez ela me atenda.

Aperto o botão verde, chama algumas vezes e quando quase desisto e encerro a chamada ela atende. Vejo seu rosto aparecer na tela enquanto ela amarrava o cabelo, um sorriso aparece em seu rosto quando ela me vê.

"Oi, fofinho" Reviro os olhos pro apelido mas um sorriso estúpido acaba aparecendo no meu rosto enquanto ajeito meu cabelo, ela estava tão linda. Isso me lembra o quanto eu queria estar perto dela e sentir seu cheiro.

"Vai poder falar comigo ou tá muito ocupada?"

"Nunca tô ocupada pra você" Meu estômago se revira assim que ela fala

"Quem me dera, toda hora alguém te chama ou fala que você tem que fazer algo" Digo meio contrariado.

Ela não responde mas vejo se movimentar e ouço o barulho de sua porta sendo trancada.

"Tenho bastante tempo hoje e...acabei de trancar a porta, ninguém vai incomodar. Só não te liguei porquê na verdade, era pro senhor estar dormindo, né?" A garota diz num tom repressivo.

"Não consegui dormir." Confesso.

"Insônia de novo?"

"Não...eu não sei, Agatha, queria falar de uma coisa" Ouço barulho dela se sentando na cama e então consigo vê-la melhor, da cintura pra cima quando ela apoia o celular no colchão. Seu cabelo havia crescido um pouco mais e sua cintura parecia, mais fina?

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