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Já começamos muito mal porquê assim que estacionamos na frente da casa de seus pais sua mãe estava conversando com uma garota muito bonita, até aí tudo bem...a pior parte foi quando descemos do carro, Vinnie foi até a porta pra cumprimentar a mãe e eu vi nos olhos da garota.

Eu conhecia esse olhar. Seus olhos acompanhavam cada movimento do meu namorado e eu a observava, talvez ela não esteja fazendo por mal, esperando que ninguém houvesse reparado.

"Ah, querida. Que saudade, está ainda mais bonita" Maria interrompe minha divagação e abro um sorriso.

"E você, chatinha?" Ouço Vinnie falar e deduzo que é com a garota. Ótimo, eu tinha esperança de que ela fosse só uma conhecida da mãe dele e não dele em si. Será amiga de infância? Eu sei muito bem a dor de cabeça que isso pode causar, de repente queria entrar no carro e ir embora.

"Como você tá? Obrigada por me receber" Digo devolvendo seu abraço, ela se afasta e segura meu rosto em suas mãos.

"Eu tô bem, agora você...o que aconteceu com o seu rosto? Tá vermelho" Tenho que me esforçar muito pra não arregalar os olhos, nem queira saber, Maria.

"Ela fica assim em viagens longas" Vinnie
mente na cara de pau e eu dou uma cotovelada em sua costela. "Amor, essa aqui é a Elis. É minha amiga desde que eu me entendo por gente" Minha atenção foca na garota que sorri meio tímida.

"Nem sabia que ele tava namorando" Ri e depois dá um tapa em seu ombro mas logo em seguida me envolve num abraço.

"Você nem se comunica né?" Maria o repreende.

"Pronto, agora tenho que colocar no jornal que tô namorando" Vinnie debocha "A Elis tem meu Instagram, não sabia porquê não olha" ele se vira novamente pra garota e ela revira os olhos.

"Prazer, Elis. Agatha" A cumprimento me sentindo esquisita.

"Ela é linda, né?" Maria me pega de surpresa me puxando pra trás com tudo e solto uma risada fraca.

"É..." Elis diz com um sorriso fraco em seu rosto. "Bom, eu já vou. Maria, obrigada pela ajuda, qualquer coisa eu volto" ela se despede e nesse momento começo a sentir o vento gelado que estava por aqui totalmente diferente de Los Angeles. Observo a garota entrar numa casa a mais ou menos 4 metros de distância da de Maria, ótimo, ela é vizinha.

"Bom, vamos entrar...eu fiz chocolate quente pra vocês" ela diz animada e entramos logo atrás dela. "Nate! Reggie! O Vincent chegou" ela grita e alguns minutos depois o pai de Vinnie aparece com uma toalha em suas costas e sem camisa

"Me respeita, velho. Vai colocar uma camisa" Vinnie o repreende que ri e depois vem em minha direção.

"Ah, tá bom, garotão só você pode andar com o abdômen a mostra. Oi querida" Ele debocha do filho e depois me dá um abraço.

Vinnie nega com a cabeça e dá um soquinho de leve no braço de seu pai fazendo ele rir e o puxar com tudo enquanto bagunça seu cabelo.

"Cheguei. E ele como sempre não trouxe nada" Seu irmão resmunga entrando na cozinha.

"Eu até poderia mas trazer ela já é muito trabalhoso" Vinnie gesticula pra mim e bato em sua mão.

"Que romântico você" o irmão debocha depois vem em minha direção "eu sou o irmão legal, pena que você não teve sorte" diz me fazendo engasgar com a minha própria saliva e depois começar a rir.

"Qual a graça disso, Agatha?" Vinnie reclama me puxando da bancada que eu estava sentada e começo a rir mais ainda me segurando ao objeto de metal pra não cair.

"Agatha, né? Eu sou o Reggie" me cumprimenta normalmente como se ele não tivesse provocado o irmão agora a pouco. Reggie e Vinnie eram bem parecidos mas ainda assim eram diferentes, não conseguia explicar.

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